O vereador de Urussanga, Fabiano Murialdo De Bona (PSDB), afirmou que a intimação que recebeu da Polícia Civil é para depor sobre o uso da retroescavadeira do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Samae) e sobre a suspeita de crime de obstrução de justiça durante seu depoimento no caso do ex-diretor do Samae, Vanderlei Marcírio (Deco) (saiba mais clicando aqui). O parlamentar está afastado do cargo desde a manhã desta segunda-feira, dia 13, quando a Polícia Civil desencadeou a Operação Hera. Fabiano afirmou, em entrevista ao Comando Marconi, que não possui envolvimento com a Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (Famu), com o setor de transporte escolar ou com o setor de licitações da prefeitura. O vereador disse que foi intimado para depor nesta quinta-feira, dia 16, sobre os dois assuntos envolvendo o Samae.

Fabiano relatou que recebeu os agentes policiais em sua residência por volta das 6 horas de ontem. “Prontamente abri a minha casa e fiz tudo o que eles pediram, inclusive eles tinham mandado (de busca e apreensão) para minha casa, mas não tinham lá para o Samae. Eu disse que tinha alguns documentos ainda lá e levei eles de prontidão até o Samae para recolher uns documentos lá também”, comentou. O vereador disse que não sabe os motivos do afastamento e que apenas é operador da retroescavadeira do Samae e parlamentar no Legislativo.

Em entrevista coletiva, o delegado Ulisses Gabriel afirmou que os três vereadores, entre eles Fabiano, ficarão afastados por 90 dias. Porém, o assessor jurídico de Fabiano, advogado Alex Paul, disse que a defesa já está analisando os meios para o retorno antes deste prazo. Por enquanto, quem assumirá o cargo de Fabiano no Legislativo é o suplente Braz Cizeski. O vereador Fabiano e seu assessor Alex explicaram o parecer sobre o afastamento e sobre a situação da Operação Hera em entrevista ao Comando Marconi.

Ouça na íntegra:

 

Entenda a operação

Na manhã desta segunda-feira, dia 13, a Polícia Civil desencadeou a Operação Hera com o objetivo de apurar crimes possivelmente perpetrados no âmbito da Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (Famu), especialmente os crimes de extravio ou sonegação de documento público, corrupção passiva, prevaricação, crimes ambientais e organização criminosa. Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sete afastamentos cautelares de função pública, duas prisões temporárias e quebra de sigilo de aparelhos telefônicos para  colheita de mais indícios e provas. São alvo empresas privadas, residências de particulares e servidores, além de duas secretarias municipais, setor de licitações e Famu. Além do vereador Fabiano, os vereadores Odivaldo Bonetti (PP), o Bonettinho, e Rozemar Sebastião (PDT), o Taliano, também foram afastados durante a operação.