Os professores das escolas da rede estadual de Santa Catarina iniciaram as mobilizações e greves nesta terça-feira, dia 23. A categoria pede o piso salarial aplicável à carreira, além de um novo concurso público, já que mais de 70% dos professores são contratados em caráter temporário, segundo o sindicato. De acordo com o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte), João Pessoa, a carreira salarial dos professores está achatada desde 2015. “Queremos que o senhor Jorginho Mello revogue os 14% que ele desconta dos servidores públicos aposentados do estado e que ele nos pague 100% de uma única vez o reajuste do nosso vale alimentação”, acrescentou João sobre as reivindicações da classe.

Em Criciúma, uma mobilização está acontecendo no Centro de Educação Profissional (Cedup) Abílio Paulo. “O Cedup está há 38 anos sem concurso público, então a maioria dos profissionais aqui são ACTs todos de nível técnico. Então um pontapé inicial foi aqui hoje pela manhã”, comentou. Um segundo ato deve ocorrer a partir das 14 horas, em frente a Sebastião Toledo Dos Santos. O assunto foi abordado em entrevista, entenda:

 

Em Urussanga, a princípio alguns professores das escolas estaduais também aderiram à greve. Na Escola Barão do Rio Branco, 10 professores paralisaram as atividades nesta terça-feira. “A nossa escola já vem há alguns anos participando dos eventos. É uma escola que representa a luta pela educação, e na data de hoje, de amanhã, nós estamos com um grupo de 10 professores, do quadro total, paralisando, ajudando nesse processo de melhorias na área de ensino, da questão salarial, da questão do piso e da valorização do professor. No entanto, estamos mantendo as nossas aulas com horário especial, os nossos alunos, em grupos, estão tendo aula, não todas as turmas do dia de hoje no período da manhã, mas à tarde, à noite, normal”, explicou a coordenadora Sabrina Zanin. Ouça e entenda mais:

 

Ainda de acordo com Sabrina, os professores da Escola Barão do Rio Branco têm autonomia para participar da greve ou não. “Nós não trabalhamos com pressão em cima dos nossos professores. É conversável, todos têm autonomia de lutar pelos seus direitos e aquele que se sentir na necessidade de vir trabalhar está vindo trabalhar e cumprir seu horário”, destacou. Conforme a coordenadora, a mobilização é organizada pelo Sinte. “Essa greve tem como objetivo os dias 23 e 24, a partir do dia 25 não sabemos como vai funcionar porque o comando de greve nos passou apenas essas duas datas e aí estão em negociação com o Governo do Estado”, afirmou.

Na Escola Caetano Bez Batti, apenas dois professores aderiram a greve. Porém, conforme o diretor Márcio Lucas da Cruz, eles voltarão às aulas já nesta quarta-feira, dia 24. “A gente esperou que os servidores se manifestassem se eles iam paralisar ou não. Aí tem um quadro de 70 servidores, e desses 70, dois se colocaram aqui para fazer uma paralisação hoje”, explicou. “Não tivemos nenhuma paralisação de aula, nenhum cancelamento, nenhum aluno dispensado, aula completamente normal nos três turnos”, acrescentou. Ouça:

 

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