Obras emergenciais na BR-282 para dar mais segurança aos motoristas será a pauta da reunião do senador Dário Berger (MDB), presidente da Comissão de Infraestrutura (CI) do Senado Federal, com o ministro Tarcísio de Freitas nos próximos dias. Dário solicitou uma reunião com o ministro logo após participar de uma audiência pública em Lages, promovida pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Empresarial de Lages (ACIL) e Ministério Público Federal. No encontro, prestigiado pelo Procurador da República, Nazareno Wolf, pelo Secretário de Estado da Infraestrutura, Thiago Vieira, e demais autoridades, foi discutida a viabilidade da duplicação desta que é uma das rodovias mais importantes de Santa Catarina.

O assunto voltou a ser debatido com o senador nesta quarta-feira, dia 23, durante o lançamento do projeto “BR-282 + Segura e Eficiente”. A iniciativa da Federação das Indústrias, a FIESC, propõe um conjunto de obras, estimada em R$ 192,9 milhões. Entre as propostas estão a implantação de 68,9 quilômetros de faixas adicionais em locais onde ocorrem as ultrapassagens mais perigosas; readequações em interseções; relocações de sarjetas de drenagens e reforço da sinalização.

O programa Comando Marconi abordou sobre o assunto em entrevista com o senador Dário Berger. Ouça na íntegra:

 

Solução a curto prazo

Conforme já havia manifestado na audiência pública, o senador Dário Berger reiterou que a solução é viabilizar primeiramente os recursos necessários para implantar as faixas adicionais nos pontos mais críticos da rodovia onde ocorre a maioria dos acidentes. “A duplicação da BR-282 é o ideal, mas precisamos ser realistas de que em curto prazo isso é inviável pela falta de recursos alegada pelo governo neste momento. No entanto, a população catarinense exige que algo seja feito para ‘ontem’, especialmente no trecho de Lages a Florianópolis. Por isso, precisamos lutar para tirar do papel a terceira-faixa que já consta no projeto do DNIT e depende de menos recursos. É viável e possível iniciar ainda este ano. Vai tornar a rodovia mais segura e contribuirá para a futura e sonhada duplicação. Precisamos iniciar por etapas. Foi assim que consegui o dinheiro para executar a terceira faixa da Via Expressa na entrada de Florianópolis em 2018 e vamos conseguir agora para esse trecho”, pontuou o senador.

O estudo da FIESC

Projetos de engenharia rodoviária mostram que duplicar o trecho da rodovia que vai de Lages a Florianópolis tem custos elevados para execução das obras, principalmente em função do relevo. Contudo, a análise da FIESC sugere medidas pontuais, em trechos mais críticos, que no curto prazo podem melhorar muito a segurança e a fluidez da rodovia, como também propõe o senador Dário. Comparadas às obras de duplicação, as faixas adicionais são melhorias de baixo custo e menor impacto ambiental, mas que aumentam a qualidade do serviço ao usuário.

A análise da Federação, realizada pelo engenheiro Ricardo Saporiti, mostra que os investimentos estimados – numa etapa inicial nos segmentos prioritários, entre Santo Amaro da Imperatriz e Alfredo Wagner, cujas terceiras faixas já estão projetadas -, é de aproximadamente R$ 46 milhões. Eles reduzirão substancialmente o elevado índice de acidentes, assim como os custos operacionais aos usuários da rodovia. Numa etapa seguinte, podem ser incluídos os projetos executivos e a execução dos demais segmentos (aproximadamente 52,5 km), com investimentos estimados em R$147 milhões.

Acidentes

Estatísticas da Polícia Rodoviária Federal apontam a ocorrência média de 2.157 acidentes por dia e de uma lesão grave ou morte (no local) a cada dois dias. Os dados são do período de 2017 a 2020 e consideram os quilômetros 15  (Palhoça) a 240 (Lages).

Colaboração: Fabiano Amaral / Assessoria de Comunicação