A pouco menos de um mês para deixar a presidência da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec), o prefeito de Morro da Fumaça, Agenor Coral, considera que sua gestão não foi como planejado. Dos 12 municípios da Amrec, quatro prefeituras não fizeram os pagamentos necessários, entre eles Criciúma. Conforme Agenor, até então eram cinco municípios que não tinham feito o pagamento, porém, Forquilhinha colocou em dia as pendências na última semana. Com a falta de pagamento, o orçamento da associação caiu pela metade, o que prejudicou os trabalhos realizados e, inclusive, gerou demissões de colaboradores.

Segundo Agenor, se os municípios da associação fossem mais unidos diversas ações poderiam ter sido feitas. “O nosso orçamento, que era de R$ 1,6 milhão, um pouco mais, ficou em torno de R$ 700 mil, R$ 750 mil”, afirma. “Foi um ano de desafios muito grandes ali na Amrec para manter a associação aberta. Mas, mesmo assim, a gente teve reuniões normais entre os sete prefeitos, pautas foram discutidas, tivemos também capacitações, reuniões de colegiado, reuniões de outras entidades, fórum das cidades digitais, enfim”, avalia o presidente. “Mas eu confesso que foi muito aquém do que eu esperava fazer pela associação”, completa.

Segundo Agenor, a associação conta com diversos consórcios e convênios que têm o objetivo de auxiliar os municípios, além de prestar assessorias. Em seu planejamento, o atual presidente pensava em criar uma área de projetos, mas não conseguiu realizar. O assunto foi destaque em entrevista no programa Comando Marconi com o presidente Agenor. Ouça mais na íntegra e entenda:

 

O atual presidente explica que a falta de pagamento de algumas prefeituras se deu em 2023. Como direito de todo o presidente, Agenor deveria nomear um diretor. “Eu fiz essa nomeação, essa nomeação não foi aceita por um determinado prefeito, com isso eu tive que fazer uma demissão também, os cinco prefeitos quiseram colocar essa pessoa que eu acabei demitindo, eu não vou citar os nomes porque não é o caso, quiseram colocar essa pessoa em compensação pela demissão no Consórcio de Saúde”, comenta. Sendo o segundo maior consórcio no estado, Agenor explica que não havia motivos para trocar a gestão da pasta de uma pessoa que já estava há bastante tempo. Além disso, a responsabilidade da troca seria do presidente do consórcio, que é o prefeito de Orleans, Jorge Koch, que também não concordou com a troca.

Por esse motivo, segundo Agenor, os cinco prefeitos optaram por não realizar os pagamentos durante 2023. “Eles optaram por não pagar a associação, não sei se foi para me prejudicar, eu acredito que não foi por isso, mas indiretamente prejudicou a nossa gestão”, afirma. Agenor ainda destacou que no fim do ano a prefeitura de Forquilhinha colocou em dia o pagamento, faltando apenas quatro municípios. Agora, um novo presidente deve assumir a Amrec nas próximas semanas. Coral esclarece que, até então, havia um acordo entre as prefeituras, sendo que na região há quatro partidos diferentes, logo, cada gestão seria uma sigla. No entanto, com a falta de pagamentos, esse acordo acabou sendo quebrado. Com isso, espera-se que o prefeito de Orleans assuma a presidência, já que apenas os municípios em dia podem votar.