O aumento do piso salarial da enfermagem preocupa hospitais porque não está claro no Projeto de Lei qual será a fonte de recursos para que os pagamentos sejam realizados futuramente. A Câmara de Deputados irá realizar uma segunda reunião para debater sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do piso salarial nacional da enfermagem na tarde de hoje, dia 6. A classe da enfermagem contempla os enfermeiros, técnicos e auxiliares. A diretora administrativa do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga, Andréa Miranda, explicou que ainda não está claro da onde os hospitais irão retirar os recursos para fazer o pagamento de todos os funcionários com o novo piso salarial. Andréa ainda ressaltou, em nome da diretoria do hospital de Urussanga, que não é contra o aumento do piso, mas que é necessário saber qual será a fonte do recursos usada.

A diretora Andréa ainda comentou que os hospitais, de todo o país, estão preocupados à respeito da fonte orçamentária para a folha de pagamento da enfermagem. Conforme a diretora, os hospitais e clínicas já sofrem com o aumento do preço dos medicamentos, e, além disso, não houve aumento dos planos do Sistema Único de Saúde (SUS). Andréa afirmou que a movimentação é geral para saber qual será a fonte de recursos, já que o aumento do piso pode causar um déficit orçamentário para os hospitais. A diretora do hospital de Urussanga participou de entrevista no programa Comando Marconi e explicou mais sobre a situação. Confira:

Parte 01

 

Parte 02

 

Repercussão no fim de semana

Viralizou nas redes sociais uma situação referente a demora de atendimento médico no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga. O caso aconteceu no último domingo, dia 3, e a Polícia Militar foi acionada por pacientes para que um boletim de ocorrência fosse registrado. No vídeo divulgado nas redes sociais, a paciente alegou que esperou durante cinco horas por atendimento no pronto-socorro. A diretora Andréa afirmou que foi analisado nas câmeras de segurança e foi constatado que a paciente chegou ao hospital por volta das 15h24, às 15h27 foi realizada a ficha e às 15h47 ela passou pela triagem.

Andréa falou que o hospital tinha duas pacientes, de 90 e 69 anos, na sala vermelha, de atendimento de emergência, que foram levadas pelo Corpo de Bombeiros Militar. No mesmo horário, perto das 16 horas, outra paciente de 90 anos chegou ao hospital para atendimento de urgência. “Nesse momento, obviamente, para todo o atendimento. Não houve reclamação dos pacientes em relação a isso, acredito que é até uma breve consideração, que as pessoas realmente estavam ali chegando pelo Corpo de Bombeiros”, comentou.

A gestora falou que o médico estava esperando um representante para que um medicamente fosse entregue para ser aplicado em um paciente do SUS. “O nosso recepcionista era novo, viu um representante chegar e disse ‘ah, você é o representante? pode entrar’. O representante chegou às 17h e às 17h03 ele entrou no consultório. Quando o médico viu que não era o representante chamado, atendeu rapidamente ali em questão de, se não me engano, nove minutos, e já ia despachar o representante. E aí começou o bate boca na portaria e etc”, disse Andréa. A Polícia Militar chegou às 17h20 e realizou o B.O, saindo às 17h32.

“Acho direito, sim, da reclamação, e houve um equívoco sim. Nós não iremos nos furtar de dizer que houve o equívoco, assumimos sempre o risco do erro. Mas queremos deixar claro a nossa posição também, que um representante vir no domingo tem que convir que isso não é normal”, comentou Andréa. A gestora afirmou que o hospital está à disposição de toda a população para mais esclarecimentos, em qualquer situação e problema.