Foto: Polícia Civil

A Divisão de Repressão à Roubos da Polícia Civil de Criciúma (DRR/DIC), coordenada pelo Delegado Yuri Miqueluzzi, finalizou a segunda fase da Operação Aletheia que apura crimes de extorsões sexuais realizadas por uma organização criminosa especializada. A investigação teve início em 2019, com a primeira fase foi concluída em julho de 2020. Os trabalhos envolveram mais de cinquenta policiais civis para realizar buscas em residências e prisões de quatro investigados.

Com a conclusão da segunda fase, foram indiciadas doze pessoas pelo esquema criminoso, sendo decretadas nove prisões preventivas. As ações de captura ocorreram de forma discreta, em operações pontuais com pequenos efetivos. Cinco pessoas foram presas e quatro seguem foragidas. Durante os dois anos de investigação, a Polícia Civil constatou que a organização criminosa fazia contato com as vítimas através de trocas de mensagens. A atuação tinha início com a criação de perfis falsos de mulheres jovens em redes sociais. Estes perfis eram usados para adicionar potenciais vítimas. As conversas migravam para outros aplicativos, com trocas de fotos e vídeos íntimos.

Para extorquir as vítimas, o grupo simulava que os pais da falsa adolescente tiveram acesso às conversas e vídeos. Passavam a exigir dinheiro para que o conteúdo íntimo não fosse divulgado para familiares ou para a polícia. O grupo assumia identidade de policiais e criava falsos mandados de prisões para dar veracidade aos golpes. Com medo, as vítimas realizavam pagamentos de grandes quantias em contas bancárias. Em uma das contas do grupo, a movimentação superou R$ 80 mil em apenas um mês.