O Dia do Circo foi comemorado no último domingo, dia 27 de março. Responsáveis por alegrar crianças e adultos por onde passam, o circo carrega a magia e a emoção que só os artistas possuem, sejam os atores, palhaços, dançarinos, malabaristas e demais profissionais. Pensando em homenagear quem vive a arte circense, o programa Ponto de Encontro abordou o assunto em entrevista com Reveraldo Joaquim, membro do grupo Cirquinho do Revirado. Saiba sobre os trabalhos que o grupo de teatro desenvolve e o diferencial artístico da equipe na entrevista completa:

 

O Cirquinho do Revirado existe há quase 25 anos. O grupo surgiu em 1997, quando o casal Yonara Marques e Reveraldo iniciaram os trabalhos artísticos em um mini circo. “Era um circo que cabiam 150 crianças distribuídas entre arquibancadas e cadeirinhas. A gente levava o circo de praça em praça, para dentro das escolas, levava para eventos. Então era um circo pequeno, mas que nos dava oportunidade de fazer as atividades culturais, diferente dos circos tradicionais que tem malabarista, equilibrista”, explica Reveraldo. No início, o cirquinho era um circo teatro de bonecos. O “Revirado” era um boneco que revirava as histórias, daí que vem o nome Cirquinho do Revirado.

O cirquinho é formado por uma estrutura familiar: além de Reveraldo e Yonara, o ator Fábio Murilo, que está no grupo há quatro anos, também faz parte das apresentações. O Cirquinho do Revirado se difere dos circos tradicionais, que costumam ter famílias e equipes vivendo dentro de trailers enquanto viajam de cidade a cidade. Em 2021, o grupo realizou a montagem das peças Amor por Anexins e O Sonho de Natanael. Ambas oportunizaram ao Cirquinho uma repercussão em nível nacional, o que gerou mais responsabilidades e, inevitavelmente, uma evolução na qualidade de seus trabalhos.

O grupo se apresenta em escolas e nas comunidades. Apesar de não possuir um espaço fixo temporário como outros circos tradicionais, Reveraldo reforça a importância dos circos nas cidades. “Muitas vezes você acaba se divertindo tanto com a risada e com a reação da plateia quanto com as palhaçadas que acontece na cena. Então a gente sempre fala que o riso e a felicidade é uma forma de osmose também, então se bate palma, a palma vai junto, se dá uma risada, o outro se sente à vontade de dar uma risada”, relata o artista sobre os circos e o espaço físico que existe para as apresentações. “Quando tu vê na tua cidade um terreno baldio onde nessa área surgiu uma lona colorida, então fisicamente a cidade já teve uma mudança naquele espaço, já houve uma mudança no imaginário coletivo”, completa.

Atualmente, o Cirquinho do Revirado está desenvolvendo diversos projetos culturais, entre eles: Amor por Anexins e Felpo Filva, confira mais acessando o perfil do Instagram.