A diminuição do valor do ingresso e, consequentemente, o aumento do consumo médio durante a 21ª Festa do Vinho, além da não utilização de serviços terceirizados, foram os principais motivos, alegados pela prefeitura, que fizeram com que o valor da contrapartida cobrado das entidades de Urussanga aumentasse. Esta é a explicação dada pelo presidente da Comissão Municipal de Avaliação de Bens Imóveis, Marcial David Murara, o Xixo, em entrevista à Rádio Marconi. O assunto repercute no município desde a semana da Festa do Vinho, quando as entidades sociais e culturais, que participaram do evento, souberam dos valores de contrapartida um dia antes do início das festividades, na terça-feira, dia 8 de agosto.
Marcial explicou que a comissão realizou a avaliação dos espaços de cada entidade no Parque Municipal Ado Cassetari Vieira, no qual os valores foram decididos em reunião no dia 27 de julho. De acordo com Xixo, até então havia sido estabelecido que o valor da contrapartida seria de 10% sobre o valor arrecadado da entidade, sendo que o valor final da contrapartida foi menor. Caso a festa tivesse prejuízos por conta de chuva ou de outros motivos, segundo Xixo, esse valor seria discutido com as entidades.
Xixo ainda destacou que os resultados da 21ª Festa do Vinho foram positivos. “Quando você melhorou o acesso do público, diminuiu o ticket médio do custo para entrar, aumentou o valor que elas têm para gastar na festa, colocou mais gente na festa, porque você trouxe mais gente para ela, você forçosamente gera mais lucro para quem está lá. Foi isso que se aplicou, essa é a base da relação para utilizar os valores que estavam defasados de muitos tempos”, comentou. “Porque o município fazia investimento x em relação à festa com show terceirizado, com segurança terceirizada, com mídia paga terceirizada, tudo isso não era custo da prefeitura. Os shows passaram a ser pagos pelo governo do município, a segurança foi paga pelo governo do município, toda a estrutura de mídia que foi gasto para divulgar a festa foi pago pelo município”, acrescentou.
Ouça a entrevista realizada no programa Comando Marconi sobre o assunto:
Em relação a informar as entidades sobre o valor de contrapartida um dia antes da Festa do Vinho, Xixo afirmou que não era a responsabilidade da comissão. “A partir do momento que nós estabelecemos o valor, a nossa interferência está dissolvida”, disse. A Rádio Marconi ainda busca entender o porquê o valor da contrapartida das entidades foi divulgado apenas um dia antes do início da festa, já que não foi de responsabilidade da comissão que avaliou os imóveis, conforme alegado por Xixo.
