Por conta do não pagamento do piso da enfermagem, trabalhadores da área irão realizar assembleias que podem aprovar uma greve. As assembleias serão realizadas nesta quarta-feira, dia 21, nas sedes do Sindicato dos Trabalhadores na Saúde de Criciúma e Região (SindiSaúde), em Criciúma, às 7h30 e às 19h, e Araranguá, às 13h. Os encontros acontecerão em todo o país, no qual os trabalhadores irão definir ações diante do não pagamento do piso.

Conforme o presidente do SindiSaúde, Cleber Ricardo da Silva Cândido, vários entraves seguem dificultando o pagamento do piso. “Um deles é a posição do Supremo Tribunal Federal (STF). Primeiro foi a  suspensão do pagamento em setembro do ano passado com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.222, ingressada pelos patrões; neste caso, no mês de maio, o STF liberou o pagamento, após o  Ministro Gilmar Mendes ter pedido vistas.  Agora, alguns Ministros do STF  estão querendo alterar a Lei,  e diga-se não é função deles. Na proposta sugerem que o  valor pago seja proporcional nos casos em que o trabalhador tenha a carga inferior a 8 horas diárias. E junto a tudo isso, o repasse da verba do Governo Federal que ainda não chegou  nos  municípios e entidades filantrópicas”, explicou Cleber.

O assunto foi abordado em entrevista com Cleber no programa Comando Marconi. Ouça:

 

Entenda

No dia 12 de maio, Dia da Enfermagem, o Governo Federal sancionou a Lei garantindo R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso salarial da enfermagem. O projeto de lei foi aprovado no final do mês de abril, autorizando o repasse de recursos do Fundo Nacional de Saúde para que estados e municípios garantam o pagamento. Confira os valores:

  • Enfermeiros: R$ 4.750
  • Técnicos de enfermagem: R$ 3.325
  • Auxiliares de enfermagem: R$ 2.375
  • Parteiras: R$ 2.375

Colaboração: Maristela B. Benedet / Assessoria de Imprensa