O sinal de degeneração do disco vertebral não significa que a pessoa terá algum sintoma ou doença de coluna. Aproximadamente 20% das pessoas da faixa etária de 20 anos e 80% dos pacientes a partir de 80 anos apresentam a condição. Existem diferentes classificações do desgaste do disco, geralmente baseadas na ressonância magnética. A mais usada é a de Pfirrmann, que vai de 1 a 5, sendo 1 um disco normal e 5 quando o disco está totalmente colapsado.

“Sinal de degeneração do disco vertebral no exame de ressonância não é sinônimo de doença. Isso porque é muito comum encontrarmos discos degenerados na população normal, e quanto maior a idade da pessoa, maior a probabilidade de encontrar a degeneração nos discos interverterias”, explica o neurocirurgião, especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), doutor Marcelo Amato.

Segundo o especialista, se não há sintomas não é preciso se preocupar, muito menos repetir a ressonância, já que o desgaste do disco vertebral não necessariamente resultará em uma doença. O desgaste pode ser proveniente de outros fatores, como uma queda, por exemplo. Além disso, segundo Amato, a melhor forma de prevenção do desgaste do disco vertebral é se exercitar.

O neurocirurgião Marcelo Amato participou de entrevista no Ponto de Encontro e explicou mais detalhes sobre a condição. Ouça:

 

O doutor é pioneiro no Brasil da técnica conhecida como endoscopia de coluna, utilizada para diversas doenças que causam compressão dos nervos, como osteófitos (bico de papagaio), estenoses, cistos e tumores, além das hérnias de disco em outras regiões além da coluna lombar, como a coluna cervical e torácica.

“É utilizado um endoscópio associado a uma câmera pelo qual o neurocirurgião acessa o local, remove a hérnia de disco ou outra lesão, e descomprime as estruturas neurais, com dano mínimo às estruturas da coluna, preservando ao máximo as articulações, ligamentos e musculatura, através de uma incisão de 0,8 a 1 cm, que é fechada com um ponto e recebe um pequeno curativo”, explica o médico neurocirurgião.

Colaboração: Débora Torrente / Gengibre Comunicação