A utilização de tecnologias como telefone celular, computador e tablet tem contribuído para a resolução de muitos problemas educacionais, principalmente o de afastamento de crianças, jovens e adultos das escolas e faculdades em função da pandemia do novo coronavírus. De acordo com dados das Nações Unidas (ONU), nove em cada 10 estudantes estão fora da sala de aula. Com isso, muitas escolas passaram a oferecer aprendizagem remota aos alunos, inspirada na modalidade Educação a Distância (EaD). Mesmo longe da escola os alunos não deixam de realizar atividades que contribuem com o aprendizado.

Mas para a psicanalista Elizandra Souza, a desigualdade com relação à aprendizagem ficou mais evidente: “O ensino a distância, ou aprendizagem remota, está sendo importante para a redução dos efeitos negativos do distanciamento, mas a desigualdade educacional aprofundou durante o período sem aulas presenciais. Não estávamos preparados para o uso da tecnologia dessa forma. Alunos, pais e professores ficaram perdidos, além do não acesso por parte de muitos alunos”. Mesmo familiarizados com as tecnologias este tipo de aprendizagem não fazia parte da rotina da maioria das pessoas até então.

As tecnologias podem criar novas oportunidades de aprendizado, mais flexivas e criativas, o que, para muitos, gera motivação. Já para outros se transforma em um problema. “Muitos profissionais também enfrentam dificuldades, assim como as crianças, não no uso da tecnologia como na administração do tempo”, continua Elizandra Souza. “Por outro lado, a pandemia trará de volta a educação domiciliar como algo possível dentre de determinadas condições”, alerta a psicanalista.

 

A redação