O curso de Ciências Econômicas da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc) está em festa. O acadêmico Luís Eduardo Candiotto Tereza, de 19 anos, conquistou nesta terça-feira (07) o primeiro lugar na Gincana Nacional de Economia. O evento, em sua décima edição, é promovido pelo Conselho Federal de Economia (Cofecon) e contou com a participação de estudantes de todo o Brasil desde a fase classificatória até as finais.

“Estou muito feliz”, comemorou Luís Eduardo. “É um grande resultado para o nosso curso e também para a Universidade”, apontou o professor Thiago Fabris, coordenador do curso de Ciências Econômicas da Unesc. “Os conhecimentos adquiridos na Universidade foram determinantes para esse resultado”, fez questão de sublinhar o campeão. Acadêmico da quarta fase, Luís Eduardo ganhou R$ 2,5 mil. Além do prêmio em dinheiro, o estudante terá direito a uma medalha e a Unesc ganhará um troféu.

Para a reitora da Universidade, essa conquista reforça as conexões que conduzem as relações entre a Instituição e o objetivo de transformar a comunidade e os acadêmicos. “A vitória do nosso estudante é a vitória do nosso curso de Ciências Econômicas que forma profissionais de excelência. É, também, a vitória da Unesc, esta Universidade comunitária absolutamente conectada com a formação acadêmica do cenário contemporâneo e que promove, há 53 anos, a transformação”, apontou a professora Luciane Bisognin Ceretta.

Luís Eduardo é natural de Criciúma e ingressou na Unesc em 2020. Logo, assistiu poucas aulas presenciais em função da pandemia da Covid-19. “É verdade. Foram poucas semanas no campus, depois fomos para o remoto, já que a Unesc agiu rapidamente à chegada do coronavírus. E voltamos a ter mais contato esse ano com as aulas híbridas”, recordou o acadêmico, que não vê a hora de retomar o convívio diário com seus colegas.

Na final da Gincana, Luís Eduardo superou colegas das Universidades Federais de Juiz de Fora (Minas Gerais, UFJF) e do Espírito Santo (UFES) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (Bahia, UFFS).

O gosto de Luís Eduardo pela Economia veio na reta final do Ensino Médio. “É, ali no terceiro ano um amigo me apresentou um livro, comecei a ler e tomei gosto. Escolhi a Unesc e aqui estou”, contou. “Hoje eu já estou me colocando no mercado de trabalho, estou atuando no mercado financeiro e bem introduzido na área. Estou gostando bastante da experiência”, revelou o campeão, que já pratica em uma agência bancária os conhecimentos alcançados na Unesc. E o futuro? “Difícil falar em futuro, para um jovem de 19 anos”, observou. “Eu pretendo ficar na área, claro. Estou tendo toda essa experiência e gostando bastante. Quero seguir nesse rumo e sempre estudando muito”, destacou.

O significado para a Unesc

O coordenador do curso de Ciências Econômicas enfatizou que o  resultado alcançado por Luís Eduardo reafirma a excelência da área na Unesc. “Com certeza, isso prova a qualidade que a Unesc e o curso vêm imprimindo na formação desses acadêmicos”, confirmou Thiago Fabris.

O professor realçou que a prática na Gincana Nacional de Economia alia-se aos princípios da formação na Unesc. “O objetivo do nosso curso é formar economistas com sólida qualificação em teoria econômica, histórica e instrumental, que eles possam utilizar toda essa bagagem para desenvolver e melhorar a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável”, apontou. “E a gente vem fazendo isso, enquanto professores”, completou.

Como foi a conquista

Luís Eduardo chegou à etapa nacional por ter sido o campeão da seletiva em Santa Catarina, disputada em julho. Na final da Gincana, foram várias etapas entre esta segunda (6) e terça-feira. Os finalistas, um por estado, representavam as mais diversas instituições, entre universidades federais, estaduais e comunitárias. “Na etapa nacional disputamos duas competições, uma de mercado imobiliário e outra de mercado cambial”, explicou Luís. “Em cada etapa, havia pontuações específicas e um ranking geral, esse ranking classificou os dois melhores para a decisão. Eu fui quarto no mercado imobiliário e segundo em mercado cambial”, contou.

Na disputa de mercado cambial, era necessário negociar com um algoritmo a compra de um terreno. “O sistema dava um valor mínimo e o preço de mercado desse terreno. A ideia era comprar aquele terreno abaixo do preço de mercado. Tinha quatro lances e o algoritmo ia percebendo o comportamento”, assinalou. Passada essa fase, era necessário comprar terrenos em leilões. “Todos os jogadores participavam de cinco leilões, em cada leilão aquele que oferecesse maior valor pelo terreno levava o terreno. Passando isso, ocorriam mais cinco leilões para comprar o direito de construir um pouco mais no terreno. No final, você tinha o quanto construiu, o quanto gastou, qual o preço avaliado e fomos ranqueados pela maior rentabilidade”, esmiuçou o acadêmico.

Na fase de mercado cambial, os competidores tinham moedas à disposição, como o dólar americano e o iuan chinês, além de outras. “E tínhamos fichas. Era preciso distribuir as fichas entre as moedas e, de acordo com a movimentação dos jogadores, a moeda se valorizava ou desvalorizava. A ideia era investir as fichas em moedas valorizadas para conseguir um retorno maior na hora das vendas. Os maiores ganhos ranqueavam melhor”, contou Luís Eduardo.

E foi na compreensão dessas lógicas, conforme o campeão, que a base já conquistada na Unesc fez a diferença. “A compreensão da parte macro do mercado, e também a parte micro da decisão das pessoas. Isso foi fundamental”, pontuou. “O curso me ajudou a entender o que estava acontecendo no jogo como um todo, projetar o que as pessoas fariam. Se você antecipasse o que o outro iria fazer, você tiraria vantagem. E isso a Unesc me oferece. Esse conhecimento vem da Unesc, e essa visão estratégica da economia também”, finalizou o estudante.

Classificação Final

1 – Luís Eduardo Candiotto Tereza (Unesc) – R$ 2,5 mil;

2 – Rafael de Souza Teixeira (UFJF) – R$ 2 mil;

3 – Gisele de Paiva Furieri (UFES) – R$ 1,5 mil;

4 – Iure dos Santos Lima (UEFS) – R$ 1 mil.

Colaboração: Denis Luciano / Assessoria de Comunicação