Como promessa, a baiana Hela Cerqut, de 34 anos, decidiu ir em todas as Copas do Mundo. A iniciativa surgiu em 2014, quando os jogos foram realizados no Brasil, após Hela passar por uma situação difícil envolvendo a saúde de sua mãe. “A Copa do Mundo é um mundo paralelo”, frisa. “Eu decidi que eu merecia, de quatro em quatro anos, passar aí um pouquinho de tempo no mundo paralelo e sair um pouco das dificuldades da vida, do dia a dia, de tudo. Então eu decidi que eu ia para todas as copas até fazer 50 anos de idade”, completa.

Hela relata todas as suas experiências na Copa nas redes sociais. Atualmente, está no Qatar e ficará até a grande final. Sobre a promessa de ir aos jogos, Hela conta que quando sua mãe estava doente passou um ano inteiro sem trabalhar para cuidar dela. “Realmente era uma situação muito delicada, e todas as vezes que alguém da minha família ia lá em casa, eu descia para a FIFA FAN Fest, que é um espaço que a FIFA organiza no país sede para os torcedores que não tiverem ingresso para entrar no estádio possam participar. E foi aí que eu conheci a Copa”, relata a humorista sobre como surgiu a paixão pelos jogos e futebol.

Hela é advogada e trabalhou na área por mais de dez anos. Durante a pandemia, decidiu mudar de profissão, e atualmente trabalha com o entretenimento e produção de conteúdo. “Na pandemia, trancada em casa, sozinha comigo, com meus pensamentos, tive algumas questões de excesso de trabalho. Passei um pouco mal por excesso de trabalho e aí decidi que eu ia trabalhar com o que fazia o meu coração mais feliz, que era o entretenimento”, relata.

Para os jogos da Copa, Hela vai fantasiada com peças customizadas. Paquita, Canarinha pistola e Roberta Miranda foram algumas das inspirações para as fantasias. A Copa no Qatar é a terceira em que Hela participa. O programa Ponto de Encontro abordou mais sobre o assunto em entrevista. Confira:

 

No último jogo do Brasil, na sexta-feira, dia 9, quando a seleção foi eliminada pela Croácia nas quartas de final, Hela estava atrás do gol em que os pênaltis foram cobrados. “Quando aquela bola bateu na trave eu não consegui ter nenhuma expressão. Eu fiquei uma hora e meia depois que o jogo acabou dentro do estádio sem conseguir sair da minha cadeira”, fala. Hela, que pretende ir em todas as partidas até os 50 anos, acredita que o Brasil irá conseguir o tão sonhado hexa até a Copa de 2038.


Copa no Qatar

Uma das curiosidades que Hela notou no país é que o falcão é o pet dos moradores do país. “Eu estive no hospital de falcão. Um hospital onde a gente levava gato, cachorro, eles levam falcão”, ressalta. Hela conta que, se o falcão perder uma pena, por exemplo, uma mesma pena deverá ser colocada no mesmo lugar. “Tem a numeração, vamos supor, de zero a dez dos lugares onde você coloca a pena. Se cair a pena um, você tem que colocar de volta uma pena um do mesmo tipo de falcão, se não ele não consegue ter equilíbrio para continuar voando”, conta.

Outro ponto é que existem dois tipos de praias no país: as públicas e as familiares. Nas familiares, tanto homens como mulheres, devem estar com o corpo totalmente coberto. Já nas praias públicas, as internacionais, as pessoas podem usar vestimentas comuns no Brasil, como a sunga e o biquíni. O Qatar entrou na estação do inverno no último jogo do Brasil, sendo que, de acordo com Hela, as temperaturas estão entre 19°C a 27°C.