A ansiedade é considerada boa e importante para as pessoas, mas há limites e eles devem ser observados. A partir do momento que as manifestações são constantes e se acumulam é necessário buscar ajuda profissional. A ansiedade é uma sensação que envolve medo e preocupações, porém é algo adaptável a vida. No entanto, a ansiedade pode estar presente em alguns transtornos psiquiátricos, como o transtorno de ansiedade generalizada, transtorno de ansiedade social, fobias, o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) e outros.

O ataque de pânico é uma situação que comumente acontece com pessoas que sofrem de ansiedade, ou seja, são as crises de ansiedade intensa. “Essas crises são o nosso cérebro lidando com uma ameaça que ela pode tanto ser real como ser uma ameaça só sentida, imaginária. Não necessariamente precisa ter algo acontecendo na tua vida que justifique aquela sensação”, explica a médica psiquiatra Fernanda Bora. “A gente tem uma área no cérebro que se chama amígdala, que é o centro do medo, quando ela está hiper estimulada por essa sensação de ansiedade, ela funciona liberando hormônios que agem como a sensação de luta ou fuga”, completou.

Os hormônios liberados desempenham ações em diversos órgãos do corpo. Por exemplo: no coração, com o aumento da frequência cardíaca; no cérebro, no qual há maior atenção, com o aumento do foco; no pulmão, aumento da respiração e a sensação de sufocamento; nos músculos, onde o sangue se concentra na musculatura gerando a tensão muscular; na salivação e na bexiga e intestino; e outros processos neuroquímicos. “Isso é um processo orgânico, é o teu corpo reagindo a uma sensação, como às vezes quando a gente leva um susto, que temos a sensação de vazio no estômago e de falta de ar”, esclareceu a especialista.

A doutora Fernanda Bora participou do programa Ponto de Encontro. Na entrevista, a médica apresentou dicas para lidar com a ansiedade excessiva. Confira abaixo:

Parte 01:

 

Parte 02:

 

Tratamento

Fernanda Bora explica sobre o tratamento feito com pacientes que apresentam o sintoma de ansiedade. O primeiro passo é concluir o diagnóstico: observar qual tipo de transtorno ansioso a pessoa está passando. O segundo é verificar qual a intensidade desses sintomas: o paciente pode apresentar sintomas mais leves até mais severos. De acordo com a psiquiatra, a intensidade pode ser observada pelo impacto dos sintomas que gera na vida do paciente, por quanto tempo está acontecendo e pela resistência ao tratamento. O terceiro e último passo é a escolha do tratamento: a não medicamentosa e a medicamentosa. “É no momento em que você tem a sensação de que aquele sofrimento está sendo excessivo”, explica Fernanda sobre a hora certa de buscar a ajuda profissional.

Saiba mais 

A Dra. Fernanda Bora está presente nas principais redes sociais: FacebookInstagram WhatsApp.

Saúde e bem-estar

O programa Ponto de Encontro apresenta diariamente temas relacionados a saúde, equilíbrio, bons hábitos e qualidade de vida. Jair de Ávila recebe médicos e outras personalidades no estúdio para esclarecer assuntos e tirar dúvidas dos ouvintes.

Envie sugestões de pauta através do WhatsApp (48) 9 8452-1235.

Leia também: Qual é a diferença entre psiquiatra e psicólogo?