O urussanguense vive a sensação de uma Festa do Vinho a cada mês que passa. Quando se é criança o sentimento é ainda mais forte, porque o desejo que existe é de crescer para participar mais ativamente das festividades da cidade. As meninas que crescem vendo a verdadeira atração que é a corte de uma Festa do Vinho são a prova disso. Suelen Cittadin Jacintho vivenciou tudo isso. Rainha da 18ª e 19ª Festa do Vinho, em 2018 e 2019, Suelen precisou de um empurrão amigo para poder criar coragem de participar da seleção da corte. “Todas as experiências que eu tive como rainha foram boas, tanto para o crescimento pessoal quanto pelo momento vivido. A questão da Festa do Vinho é algo que não tem explicação”, comenta.

Suelen conta que sempre desejou participar da Festa do Vinho desde pequena. Ainda criança, participava de muitos eventos e atividades que eram realizadas no Parque Municipal Ado Cassetari Vieira. “O tempo foi passando e eu cheguei, então, na idade que eu poderia me candidatar. A primeira oportunidade que teve eu estava com 16 anos e não participei por conta que eu estava no Ensino Médio e estudava em outra cidade”, explica. “Em 2018, então, novamente teve a abertura para a escolha, e eu acredito que o destino ajudou muito, porque, por coincidência, uma das aulas que eu fazia no parque municipal ficava próximo a sala de inscrição”, ressalta Suelen. “Minha amiga Kayla, na época, me pegou na mão e levou lá, e a gente chegou, faltava um dia para fechar a inscrição”, relembra.

Em clima de Festa do Vinho, o programa Ponto de Encontro realiza um especial de entrevistas para destacar histórias e momentos marcantes das edições do evento. Ouça a participação especial de Suelen na íntegra:

 

Em 2018 e 2019, além da rainha Suelen, a corte era composta pela primeira princesa Kamila Fretta Fabro e por Sara Servodio, a segunda princesa. Na época, as duas edições foram marcadas por grandes shows de artistas nacionais, como Zé Neto e Cristiano, Roupa Nova, Marília Mendonça, Titãs, Alok e outros. Suelen conta que um fato que a marcou em 2019 foi que a corte entregou uma lembrança para a cantora Marília Mendonça, que na época estava grávida. “Foram coisas que a gente viveu que foram muito marcantes para mim na Festa do Vinho”, frisa. Por conta da pandemia da Covid-19, a corte ficou no cargo por quatro anos, já que durante dois anos não houve a festa, até que a faixa fosse passada para outra corte.

Suelen comenta que centenas de pensamentos passam pela cabeça no momento da escolha da corte, seja antes, durante ou até mesmo depois. “É um turbilhão, tu acorda e vai dormir pensando nisso. Esses dois meses antes da escolha é praticamente isso”, afirma. “A gente ensaiava e nos ensaios eu ficava muito nervosa, não conseguia ter uma boa desenvoltura e eu achava que isso só ficaria pior no dia por conta de mais nervosismo. Mas no dia, quando eu fiquei sabendo que estava indo até um ônibus do Rio América para torcida, aquilo para mim foi como um alívio. Eu fui super tranquila, não parecia assim que eu estava participando de uma escolha para a corte da Festa do Vinho”, recorda.

Para Suelen, a Festa do Vinho abriu um longo caminho de oportunidades. Na época, com 18 anos, estava na quarta fase do curso de Biomedicina. Hoje, já formada, Suelen atua na área em Urussanga. “Eu entrei como rainha e comecei a conhecer o pessoal, eu consegui um novo emprego, consegui melhorar a minha dicção ao participar de entrevistas na rádio, conversar, isso tudo contribuiu muito”, destaca. “Antes, eu era aquela menina do Rio América que poucas pessoas conheciam e realmente foi isso, eu me lembro que quando eu me candidatei poucas pessoas me conheciam, e depois eu vim para esse mundo”, completa.

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Sobre um conselho para as jovens que têm o desejo de um dia participar da corte, Suelen destacou para que aproveitem a oportunidade. “Eu acho que a gente tem que sonhar sim, mas a gente também tem que fazer algo para realizar. Eu pensei muito em deixar para depois, e teve a pandemia, se eu tivesse deixado para depois eu já não ia mais conseguir participar porque minha idade ia passar”, comenta. “Às vezes as oportunidades passam e a porta se fecha, e a gente não aproveitou a oportunidade”, acrescenta.

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