Muitas doenças de pele se tornam verdadeiros tabus. Por falta de informação, parte das pessoas acaba acreditando que pode se infectar ao encostar em alguém acometido por essas enfermidades. A dermatite atópica, por exemplo, não é contagiosa, sendo apenas uma manifestação alérgica na pele, também denominada de eczema atópico. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a dermatite atópica atinge 7% da população adulta e 25% da população infantil no país – que é a mais afetada por atitudes preconceituosas no convívio social e frequentemente têm seu estado psicológico mais abalado. Afinal, se para os adultos é difícil, para as crianças é ainda pior. 

As lesões são mais frequentes no rosto, no pescoço, nas dobras internas dos braços e parte de trás dos joelhos, porém, elas podem aparecer por todo o corpo e também variar de acordo com a faixa etária. Além disso, a dermatite atópica está presente em pacientes com histórico pessoal ou familiar de outras doenças atópicas, como asma e rinite.

A doença vai muito além das lesões da pele e incômodos, provocando preconceito pela aparência, pois coça e descama a pele, impactando no convívio social e no bem-estar. “81% dos pacientes com dermatite atópica relataram dificuldade importante para dormir devido à coceira intensa. Outros dados mostram que pessoas que vivem com esta condição faltaram em média 5,8 dias ao trabalho a cada seis meses”, afirma o Dr. Sergio Palma, Presidente SBD.

No programa Ponto de Encontro, o apresentador Jair de Ávila entrevistou a dermatologista Dra. Clarissa Prati. Ouça:

 

A conscientização da população sobre a doença, o suporte do médico especialista e o apoio da família e amigos são fundamentais para o sucesso do tratamento e melhoria da qualidade de vida do paciente com dermatite atópica. “O preconceito provoca isolamento social e até bullying. A dermatite atópica não pega, não é contagiosa”, explica a Dra. Clarissa Prati, Assessora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD.

Os tratamentos da doença têm como principal objetivo minimizar a intensidade da coceira, reduzir o número, a duração e a intensidade das crises. Para isso, os dermatologistas geralmente prescrevem tratamentos que utilizam cremes hidratantes, medicamentos tópicos e medicamentos orais que ajudam a melhorar o desequilíbrio imunológico.

“A terapia básica compreende a hidratação, o tratamento tópico anti-inflamatório, o afastamento dos fatores agravantes e os programas educacionais com abordagem multidisciplinar. A terapia sistêmica deve ser indicada para doença refratária ou grave, após esgotadas as tentativas de tratamento tópico”, conclui Sérgio Palma.

Procure um médico dermatologista associado à SBD para diagnóstico e tratamento. Para mais informações, acesse: www.sbd.org.br.

Colaboração: Taysa Porcino / Assessoria de Comunicação