O câncer de intestino é o segundo que mais acomete os homens e mulheres. Apesar da estatística, a doença pode ser evitada através de acompanhamento médico. Na campanha mundial do Março Azul, médicos e pacientes se mobilizam para alertar sobre a importância da prevenção do câncer intestinal. De acordo com o gastroenterologista Alexandre José Faraco, da Policlínica dos Aposentados e Pensionistas de Urussanga, esse tipo de câncer é totalmente prevenível. “Quando eu faço uma colonoscopia e tiro uma lesão percursora, como um pólipo – ele vai se tornar um câncer, ele não é câncer ainda – e eu tiro ele, faço a retirada, eu não vou ter mais o câncer”, explica.

Conforme o especialista, a retirada do pólipo é uma garantia de que ele não se tornará uma lesão maligna, gerando o câncer. O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro. Entenda mais:

 

Mesmo com a retirada de um pólipo, o acompanhamento médico deve ser ainda mais reforçado, pois há a possibilidade de novos pólipos se formarem no intestino. Por isso, a recomendação é manter a periodicidade em que a colonoscopia é feita. “O que é preconizado é que a partir dos 50 anos seja realizado o exame de colonoscopia”, ressalta. Porém, o fator genético deve ser levado em consideração. “Se o meu parente de primeiro grau, por exemplo, meu irmão fez uma colonoscopia com 50 e já detectou um câncer, para os outros parentes de primeiro grau o ideal é começar 10 anos antes a fazer o rastreio, já com 40”, exemplifica Faraco. Segundo o especialista, se o paciente não detectou nenhum pólipo, a recomendação é realizar o exame novamente entre cinco e 10 anos. Caso o paciente tenha retirado o pólipo, o prazo diminui para 2 e 3 anos, dependendo da situação.

Em uma circunstância em que o paciente não fez o exame e o pólipo se tornou um câncer, ele poderá sentir alguns sintomas. Porém, na maioria dos casos, o paciente é assintomático, principalmente nos estágios iniciais. “Mas quais são os sinais que a gente tem que ficar em alerta? Um emagrecimento em que eu não fiz dieta; uma anemia sem uma explicação, por que eu estou fazendo aquela anemia se eu não tive perda de sangue nem nada; uma mudança da coloração das fezes, principalmente se tiver sangue vermelho ou se as fezes estão enegrecidas, como se eu tivesse comido carvão; uma mudança no hábito intestinal”, destaca o doutor.

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