A Rede Catarina é um importante programa da Polícia Militar que visa a prevenção da violência contra a mulher. De acordo com a soldado Elaine, responsável pela iniciativa em Urussanga e Cocal do Sul, o estado é pioneiro em todo o Brasil. Conforme Elaine, as mulheres que sofrem algum tipo de violência solicitam a medida protetiva a partir de um boletim de ocorrência. Se deferida a solicitação, a PM entra em contato com a mulher para explicar como funciona o programa. Além disso, também é disponibilizado o Botão do Pânico, através do aplicativo PMSC Cidadão, no qual a mulher aciona uma guarnição caso a medida protetiva seja desrespeitada.

A soldado destaca que as mulheres podem solicitar a medida protetiva em diversas situações, seja contra o namorado, esposo, ex-companheiro até contra um familiar ou contra outras mulheres.  Conforme a soldado, o trabalho inicia a partir da medida protetiva. “Ela tem que dar um basta e pedir a medida protetiva, porque a gente atende diariamente vários casos de violência doméstica, só que a gente chega lá é aquela história, quer que a gente dê um susto para ver se a pessoa muda, a gente sabe que tem aquele ciclo de violência que não muda”, destaca. O assunto foi abordado em entrevista. Entenda mais:

Parte 01

 

Parte 02

 

Caso a medida seja descumprida, a pessoa é presa em flagrante pela Polícia Militar. Com o apoio da Rede Catarina, a mulher consegue acionar a polícia com um clique. “Ela baixa o aplicativo e com a medida eu vou lá no nosso sistema e eu consigo ativar para ela o botão do pânico anexo a medida protetiva dela. Com esse botão do pânico, com um clique só, ela aciona a guarnição se ela está em um perigo iminente com relação ao agressor. Ela vai deixar o localizador do celular dela ativado e ele vai mandar certinho a localização dela no momento do perigo”, explica.

Além da violência física contra a mulher, a soldado destaca que há outros tipos de violência. A violência psicológica, sexual, patrimonial e moral também podem estar sendo registradas. Para a soldado, muitas vezes a dependência da mulher interfere no momento de fazer uma denúncia contra o agressor. “A independência da mulher é um ponto importante para ela conseguir dar esse fim, esse basta, se desvincular desse agressor e pedir uma medida protetiva”, frisa.