Os vereadores de Tubarão não esperavam que o prefeito e o vice, Joares Ponticelli (PP) Caio Tokarski (União Brasil), fossem renunciar aos cargos. A afirmação é do presidente interino do Legislativo, Jairo dos Passos Cascaes (PSD), durante entrevista ao programa Giro Final. Joares e Caio foram presos em fevereiro durante a terceira fase da Operação Mensageiro, que apura a suspeita de fraude em licitação e corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e distribuição de lixo em cidades catarinenses.

O vereador Jairo afirmou que soube da renúncia dos dois já na noite de domingo, dia 9, quando os advogados ligaram para ele informando a situação. Com isso, Jairo informou a todos os vereadores sobre o caso. O anúncio foi oficializado nessa segunda-feira, dia 10, com a leitura das cartas de renúncia durante sessão na Câmara de Vereadores. Com isso, o Legislativo tem 30 dias para realizar uma eleição indireta. Desde a prisão do prefeito e do vice, o então presidente da Câmara, Gelson Bento (PP), assumiu a prefeitura de forma inteira. Dessa forma, o vice-presidente Jairo passou a ser o presidente interino da Câmara.

O assunto foi destaque em entrevista no programa Giro Final. Entenda mais:

 

Sobre a renúncia, o vereador Jairo afirmou que não esperava a decisão, assim como os outros parlamentares. “Eu pelo menos não esperava essa renúncia, conversando com os demais vereadores também nenhum deles esperava que os dois fossem tomar essa decisão, até porque nós tínhamos uma CI, que é uma Comissão Especial de Inquérito que está tramitando, que está aqui na Câmara de Vereadores sendo avaliada por uma comissão, e a gente achava que eles iriam aguardar todo o processo, até porque a gente tinha até a esperança de que lá na frente no julgamento eles fossem julgados e não houvesse uma condenação. Mas, para nossa surpresa, penso que eles analisaram muito, e houve essa renúncia”, comentou Jairo.

Operação Mensageiro

O prefeito e o vice de Tubarão foram presos em fevereiro. No final de junho, a justiça determinou que o então prefeito Joares fosse solto, mas que ele usaria tornozeleira eletrônica. O vice Caio permanece preso.