Cocal do Sul recebe a Caravana da Inclusão da Mulher na Política nesta quarta-feira, dia 31. O projeto visa estimular o debate a reflexão sobre as realidades catarinense e brasileira da participação das mulheres nos espaços de decisão e de poder. A ação também tem o objetivo de fomentar o interesse das mulheres para a participação na política e nos mandados eletivos. O evento acontece no auditório do Centro Técnico da Coopercocal, a partir das 19 horas, com credenciamento já às 18h30.

No encontro desta quarta, estarão presentes as ex-deputadas Marlene Fengler e Ada Faraco de Luca, da ex-prefeita de São Cristóvão do Sul e atual diretora da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), Sisi Blind, e a professora de direitos humanos da Unesc, Fernanda da Silva Lima. O programa Comando Marconi abordou mais do evento em entrevista com Marlene. Entenda mais:

 

A participação é gratuita e as inscrições estão abertas no site da Escola da Alesc.

A mulher na política

Estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e, em média, 15% de eleitas. Ou seja, as mulheres são mais da metade da população e do eleitorado, mas não conseguem essa mesma expressão na política.

Dados da União Interparlamentar, com base em informações fornecidas pelos parlamentos nacionais de quase 190 países, revelam que, em 2022, o Brasil estava na posição 129, com apenas 17,7% de assentos ocupados por mulheres na Câmara dos Deputados. “Para mudar a realidade da participação feminina na política brasileira, é necessário que a sociedade entenda a importância da representatividade e, por isso, é preciso estimular o debate sobre a questão”, afirma a coordenadora da Escola da Alesc, Marlene Fengler.

Marlene também observa que a Escola da Alesc tem buscado atender demandas que recebe de câmaras municipais, associações de câmara e de municípios, prefeituras e outras instituições, além das comissões da Alesc, que abordam alguns objetivos globais definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Um desses Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem ser implementados até 2030, destaca a igualdade de gênero também na política. O aumento da participação das mulheres é considerado um passo importante para a construção de uma sociedade mais inclusiva e justa para todas as pessoas.

“Em quatro anos de mandato parlamentar, percebi na prática as dificuldades que as mulheres enfrentam no dia a dia para estarem na política, mas não adianta reclamar e, sim, entrar nesse universo que ainda é predominantemente masculino para fazermos as mudanças que defendemos”, ressalta Marlene. Ela entende que a Caravana da Inclusão da Mulher na Política, além de valorizar e incentivar a participação feminina, é uma forma de encorajá-las a se candidatarem a cargos políticos e também a serem líderes nas suas comunidades.

Com informações da Agência Alesc