Após denúncias de estupro de vulnerável por parte de um professor da rede municipal, um protesto está sendo realizado em frente à Escola de Ensino Fundamental Demétrio Bettiol, em Cocal do Sul. O ato acontece na manhã desta segunda-feira, dia 29, e conta com a participação de pais e alunos que pedem justiça sobre o caso, que aconteceu na última sexta-feira, dia 26, contra alunas de 8 e 9 anos. Além disso, os manifestantes pedem a exoneração da diretora da instituição, que supostamente não teria acionado os pais das vítimas e teria dito que o assunto seria tratado somente hoje. O professor foi exonerado do cargo e, ao repórter Marco Búrigo, o prefeito Fernando De Fáveri (MDB) afirmou que ainda hoje a diretora deixará o cargo e outra pessoa será nomeada.

O professor, de 34 anos, é acusado de levar as vítimas para a biblioteca, onde abusou delas. A mãe de uma das vítimas disse que a filha relatou que foi vendada e que o professor teria colocado algo na boca dela, possivelmente o pênis. O suspeito justificou para a Polícia Civil que se tratava de uma brincadeira para adivinhar qual o sabor do pirulito. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e o professor está preso desde sexta-feira, dia 26. O repórter Marco Búrigo está acompanhando a manifestação e conversou com a mãe de uma das alunas, com o prefeito Fernando e com o delegado Márcio Campos Neves. Ouça mais na íntegra:

 

Uma mãe de uma das vítimas falou sobre a postura da diretora. “A gente está pedindo a exoneração dela, e eles (prefeitura) alegam que não, porque ela é concursada e ela é uma professora de carreira, e a gente está pouco se lixando que ela é professora de carreira. Já têm muitos pais que vieram até nós porque ela (diretora) já tinha feito coisas erradas antes com outras crianças, chamando as crianças de mentirosas e ela não soube acolher, então ela não tem competência para assumir um cargo de responsabilidade e autoridade dentro da escola, se ela não sabe acolher uma criança ela não sabe ser uma diretora”, disse a mãe.

Guarnição da Polícia Militar também está presente na manifestação para manter a segurança

O delegado Márcio explicou que por conta da prisão do professor a polícia possui um prazo menor para concluir as investigações, sendo que ela deve ser concluída em 10 dias e encaminhada ao Ministério Público. Márcio ressaltou que toda a rede de atendimento às vítimas já foi disponibilizada. “Eu preciso desse trabalho das psicólogas, e vou ouvir os pais e outras pessoas que por ventura têm alguma outra coisa que possa corroborar com o que aconteceu”, comentou. O prefeito Fernando lamentou o caso e afirmou ser solidário à família. “Assim que recebemos a informação, na sexta-feira, prontamente ligamos para a polícia e nos colocamos a disposição. Não houve a necessidade da polícia pedir as câmeras, nós mesmos encaminhamos as imagens”, disse.

Marco Búrigo também conversou com outras autoridades políticas que estão participando do ato promovido pelos pais. O secretário de Educação, Luís Carlos de Melo, também concedeu entrevista. Ouça mais na íntegra:

 

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