Em um prazo curto, o projeto de lei com as negociações de reajuste dos servidores públicos de Urussanga foi votado no Legislativo na semana passada. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma e Região (Siserp), Reginaldo Bernardo, a devolutiva ocorreu um dia antes do período de negociações finalizar. Por conta disso, a Câmara de Vereadores realizou uma sessão extraordinária na última sexta-feira, dia 5.

Conforme Reginaldo, o período de negociações neste ano é mais curto por conta das eleições municipais. Em Urussanga, a primeira assembleia com as discussões foi realizada no dia 29 de fevereiro. “Protocolamos a pauta no dia 6 de março para o governo, pedindo mesa de negociação, e nós tivemos o retorno para sentarmos a mesa no dia 13 de março. Ficamos aguardando que o governo nos retornasse com uma contraproposta daquilo que a gente acordou, discutiu na mesa. E aí, para nossa surpresa, isso não aconteceu, e só veio acontecer por muita cobrança e insistência da entidade, da nossa coordenadora de Urussanga, a Susana, que a gente conseguiu voltar a sentar com o secretário no dia 4 (de abril) para falar novamente da proposta”, explicou o presidente.

Dessa forma, uma reunião foi realizada no dia 4 de abril, um dia antes do final do período de negociações. “Analisamos e ainda tinha algumas coisas que não condiziam com aquilo que a gente tinha já acordado. O secretário colocou que ia levar novamente para o governo e nos devolver, e aí essa devolutiva foi só no final da tarde do dia 4, num prazo apertadíssimo para cumprir o que a Legislação diria”, comentou. O assunto foi abordado em entrevista no Comando Marconi. Entenda:

 

O presidente do Siserp ainda salientou que, por conta da relação com o Legislativo, o sindicato solicitou a votação o quanto antes. “Para que os servidores não ficassem sequer sem proteção, porque a partir do momento que não tivesse uma lei de negociação, todos esses servidores ficariam desprotegidos, porque o governo não teria segurança jurídica de pagamento”, disse. “A gente teve de manutenção e conquista, nessa negociação, a garantia do INPC para todos os servidores, incluindo o magistério; os agentes comunitários de saúde e endemia, a gente garantiu o pagamento do piso, que é dois salários mínimos retroativos a janeiro, que ainda não estava sendo pago; o abono férias, que é de R$ 230, corrigido pelo INPC; o vale alimentação, que é R$ 240, corrigido pelo INPC; o abono indenizatório, que é para a Secretaria de Infraestrutura e Agricultura, foi implementado em R$ 500”, comentou.

Além disso, Reginaldo destacou que o sindicato conseguiu avançar em outros pontos, como o compromisso da prefeitura em fazer uma comissão e analisar o estatuto e plano de carreira. Outras questões, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) também foram discutidas.