As meias de pares diferentes marcaram uma importante campanha nesse dia 21 de março. O Dia Mundial da Síndrome de Down reforça a necessidade de inclusão. É por isso que na última quinta-feira milhares de pessoas usaram meias diferentes e coloridas, lembrando que ser diferente é normal. O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com as profissionais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Urussanga. Participaram do especial a psicóloga Renata Alexandre Severino da Rosa e a fisioterapeuta Jocimara Duarte de Oliveira. Ouça mais na íntegra:

 

De acordo com Renata, a síndrome de down é caracterizada por uma alteração genética nos cromossomos: as pessoas que têm a síndrome possuem um cromossomo a mais, totalizando 47, ou seja, um a mais no cromossomo 21. Jocimara explica que a principal característica física é o tamanho do tônus muscular, que é mais abaixo do que o normal. “Ele é mais molinho, mais flácido e isso causa bastante atraso no desenvolvimento da criança”, comenta. Por conta disso, há maior probabilidade da pessoa ter dificuldades respiratórias. Essas alterações também podem aumentar a chance de a pessoa desenvolver comorbidades, como problemas cardíacos, alterações metabólicas e intolerâncias alimentares.

Conforme as especialistas, é possível identificar a síndrome ainda durante a gestação. “Tem um exame que é feito através do ultrassom, que é a translucência nucal, que dá uma probabilidade, uma porcentagem que pode ser que essa criança venha a ter a síndrome ou não. Mas esse exame não é 100% fidedigno”, conta Jocimara. “Se os pais querem mesmo confirmar, durante a gestação é feita a amniocentese, que é um exame onde é retirado o líquido amniótico da barriga da mãe ali, com a mãe grávida ainda, e é feito o cariótipo, que é o exame onde é feito a contagem genética para ver se realmente tem 47 cromossomos”, complementa.

Atualmente, a Apae de Urussanga possui 103 alunos, sendo que 13 possuem síndrome de down. “A gente tem programas. Tem a inclusão no mercado de trabalho de alguns alunos. Cada ser humano tem as suas habilidades, então, dentro disso, a gente vê a habilidade que a pessoa com deficiência tem e a gente começa a fazer um trabalho para estar inserindo ela dentro do mercado de trabalho, porque a gente sabe que o preconceito ainda existe e precisamos estar quebrando essas barreiras através da inclusão”, comenta Renata.

Profissionais da APAE de Urussanga trocam de meias em alusão ao Dia Mundial da Síndrome de Down