Mesmo tendo divergências entre os deputados e lideranças estaduais do Partido Progressista, a sigla municipal decidiu pela expulsão do prefeito e do vereador de Urussanga. A decisão foi discutida em reunião nessa quarta-feira, dia 17, já que Luis Gustavo Cancellier e Thiago Mutini, ambos do PP, foram presos preventivamente após a segunda fase da Operação Terra Nostra, da Polícia Civil, realizada na última terça, dia 16. Em entrevista, o presidente do PP de Urussanga, Gilson Casagrande, afirmou que está de “coração partido” por conta da decisão. O presidente ainda disse que, desde o primeiro mandato, o prefeito Luis sofre perseguições políticas.

Durante entrevista, Gilson defendeu as ações realizadas pelo prefeito Luis Gustavo durante os anos em que esteve na administração. “A gente se sente orgulhoso pela nossa parte na política de Urussanga, como nós íamos mostrando o nosso trabalho. Muitas vezes temos que tomar alguma decisão, decisão que não é agradável, porque o partido, de alguns tempos para cá, começou a receber muitas críticas. Houve muito tumulto em Urussanga, a Operação Benedetta, essa última operação, então, nós viemos analisando ponto a ponto de que forma estava sendo atacado”, afirmou. “Eu sei, sou prova viva disso, que o prefeito Gustavo, na sua primeira gestão, no primeiro ano, começou a ser perseguido”, alegou Casagrande.

O presidente disse que hoje o PP urussanguense está em uma situação desagradável. Na reunião dessa quarta, a executiva municipal decidiu pela expulsão do prefeito e do vereador. “São caminhos difíceis nesse momento e nós não queremos cometer erro, dizer que é culpado ou inocente”, afirmou. Ouça a entrevista completa com o presidente Casagrande realizada no programa Comando Marconi:

 

Na executiva municipal, Casagrande disse que a votação pela expulsão de Cancellier e Mutini foi unânime. Casagrande comentou ainda que, mesmo que a Justiça decida pela soltura do prefeito, o partido manterá a decisão. “O Luis Gustavo, a gente sentiu assim, que criou um pouco de, assim, desamizade em Urussanga”, disse. O presidente ainda destacou que a executiva estadual do PP será comunicada sobre a decisão. “A nossa decisão foi a que nós tomamos pelo nosso diretório, a decisão deles era uma outra então que não… Isso é uma decisão muito difícil de ser tomada. Nós temos que tomar essa decisão assim com muita garra, muita coragem. Mesmo assim, a gente não conduziu as falas deles da maneira como eles queriam, era uma outra linha de… Que isso dói em muitos políticos, o que nós estamos fazendo. Então, a gente está vendo o nosso cenário hoje, como anda no município. Muitas vezes, nós sabemos que o nosso deputado está lá nos seus gabinetes, está lá visitando alguns municípios, muitas vezes não tem contato direto que nem nós temos em nosso município, então nós estamos trabalhando com essa decisão pelo contato que nós temos no nosso município”, afirmou.

Entenda:

Com a prisão, prefeito de Urussanga está impedido de exercer o cargo pela segunda vez em três anos