Com mais quarenta produções no Brasil, entre novelas, séries e filmes, o roteirista, preparador de elenco, professor de atuação e diretor de  cinema e de televisão argentino, Eduardo Milewicz, publicou o livro “Quando acende a câmera: qualidades da atuação contemporânea“. A obra reúne conceitos, ferramentas e processos da indústria audiovisual nesta tarefa que se tornou cotidiana para além da categoria de atores no mundo pós-covid: atuar na frente de uma câmera e das telas.

“Muito se sabe sobre a performance teatral, mas poucos se propuseram a abordar a performance audiovisual de forma pedagógica, didática e conceitual”, comenta Milewicz, que treina e dirige atores há mais de 30 anos. Muitos conhecidos do público brasileiro, como Vera Holtz e Chay Sued, endossam a obra ao lado de Claudia Raia, Claudia Abreu e Mouhamed Harfouch. Foi também Milewicz quem preparou Wagner Mora em sua primeira temporada da série “Narcos” na Netflix.

A obra, no formato ensaio, é estruturada em torno de um dia de trabalho, no qual dez atores vão explorar como a câmera impacta seus corpos e a sua expressão. Quais são as crenças erradas? Por que o óbvio é tão difícil de ver? E quais são as qualidades de atuação exigidas hoje? Perguntas como estas ganham comentários instigantes e a orientação experiente do renomado diretor em nove capítulos.

Em tempos de trabalho on-line, lives e reuniões por plataformas digitais, interagir na frente de uma câmera deixou de ser uma tarefa exclusiva dos atores de cinema e televisão. Com a migração digital em massa, compreender e aprimorar a linguagem, expressão e comunicação diante de uma tela se tornou uma necessidade para professores, advogados, empresários, influenciadores e centenas de profissionais, que encontrarão em “Quando acende a câmera” orientações assertivas para se adequar aos novos tempos. O programa Ponto de Encontro abordou mais sobre o livro em entrevista com Eduardo. Ouça:

 

O livro pode ser adquirido acessando aqui.

Eduardo Milewicz

Roteirista, escritor, professor, diretor de cinema e de TV. Estudou Cinema no CERC, em Buenos Aires, na Argentina e Literatura em Filosofia e Letras, na UBA. Trabalha em três indústrias audiovisuais: Argentina, Espanha e Brasil. Estreou-se com a série “Desde Adentro” que, no início dos anos 90, rompeu com os moldes televisivos da época e antecipou uma nova era de conteúdo audiovisual. Com “A vida segundo Muriel”, juntou Soledad Villamil com Inés Estevez para trazer para a tela uma nova forma de representar o feminino. Com a estreia de “Samy y yo”, estrelado por Ricardo Darin, nos cinemas espanhóis, mudou-se para Madrid, fundou uma escola e dirigiu algumas das novelas e séries de televisão de maior sucesso na Espanha, como “Amar en tempos revueltos” ou o emblemático “Hospital Central”. Foi também um dos fundadores do Bafici e orientador artístico de suas primeiras edições. Junto com Eduardo Berti, fundou a editora La Compañía. Assessorou o Instituto Sundance. Preparou Wagner Mora em sua primeira temporada de “Narcos” na Netflix. Formou atores, diretores e apresentadores para a TV Globo e tem, no Brasil, mais de quarenta produções entre novelas, séries e filmes.

Colaboração: Julya de Oliveira / LC – Agência de Comunicação