A Câmara de Vereadores também foi citada pelo prefeito Luis Gustavo Cancellier (PP) em entrevista à uma rádio de Criciúma. Em sua fala, o prefeito afirmou que “eu não tenho dúvida que, logo logo, a justiça fará o seu papel que é desmontar essa organização criminosa que existe na cidade de Urussanga instalada agora, infelizmente, se instalou na Câmara de Vereadores”. A alegação foi feita em uma entrevista realizada na última sexta-feira, dia 11, durante a 21ª Festa do Vinho. O prefeito ainda disse que essa organização criminosa teria comprado toda a imprensa da cidade (acesse aqui).

O presidente do Legislativo, vereador Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD), afirmou que recebeu os vídeos da entrevista com muita tristeza. “É realmente um desrespeito com o Legislativo. A gente sabe que a câmara tem suas prerrogativas de realmente fiscalizar o prefeito, e naquele momento o prefeito Luis Gustavo Cancellier estava sendo indiciado e tinha virado réu da Polícia Federal, como é até hoje. Inclusive, não é o presidente Daniel que está falando, e sim a Polícia Federal, quem é chefe de organização criminosa, quem é réu por tal motivo é o prefeito da cidade. E agora ele acusa a Câmara de organização criminosa por ela estar fazendo seu trabalho?”, comentou.

O assunto foi destaque em entrevista no programa Comando Marconi com o vereador Daniel. Entenda mais:

 

O vereador Daniel ainda falou sobre a participação da própria população nas fiscalizações do Executivo. “O prefeito não pense que eram só os vereadores que estavam trabalhando, fiscalizando, não, a própria população, quando o prefeito vira réu e tudo aquilo vem a tona, muita pressão da população. Inclusive, pessoas também que são do partido dele, e a câmara faz o quê, fecha o olho para tudo aquilo? Não, a Câmara está ali para fazer o seu papel”, frisou.

O presidente da Câmara ainda fez um comentário sobre as abstenções dos vereadores a uma moção de repúdio contra as falas do prefeito. A moção foi votada nessa terça-feira, dia 15, sendo que quatro vereadores, três do PP e um do MDB, abstiveram os votos. “Isso foi, querendo ou não, uma manobra para a moção ser rejeitada a pedido, acredito, do prefeito. O prefeito tem que entender que ele é uma autoridade máxima da cidade, só que ele não é um tirano, a época da tirania já foi”, comentou.

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