Com o objetivo de apurar crimes de exploração de jogos de azar, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil desencadeou a Operação Zebra. A ação iniciou na manhã desta sexta-feira, dia 16, e conta com o apoio do Ministério Público de Santa Catarina. De acordo com a Polícia Civil, a ação se trata também da segunda fase da Operação Hera (saiba mais), desencadeada no ano passado em Urussanga. Estão sendo cumpridos 11 mandados de busca e apreensão, 11 quebras de sigilo, um afastamento e oito sequestros de bens (dinheiro, imóveis e veículos) e afastamento de funções públicas nas cidades de Tubarão, Lauro Müller, Orleans, Urussanga e Criciúma.

De acordo com a Polícia Civil, após as apreensões das provas da primeira fase da Operação Hera, indiciando a suspeita de crime de “rachadinha” na Câmara de Vereadores de Urussanga e uso de uma caixinha de asfalto da “curva do S”, a Polícia Civil começou a apurar os fatos, constatando que as pessoas desse grupo praticavam a exploração do “jogo do bicho”, coordenados por um grupo criminoso que praticava crimes de lavagem de dinheiro, corrupção de agentes públicos e organização criminosa. A operação leva o nome Zebra porque o animal não está entre os 25 animais que emprestam o nome ao jogo do bicho, que é uma prática ilegal. Por essa razão, no jogo do bicho, dar zebra é algo impossível, ser algo imprevisível.

Conforme apurado pela Rádio Marconi, em Urussanga, os policiais cumpriram mandados na casa do vereador cassado, Rozemar Sebastião (o Taliano), do ex-secretário de Agricultura e ex-vereador, João Batista Bom (o Tita), e também do ex-vereador Luiz Carlos Cardoso (o Nariz). Foram apreendidos documentos, aparelhos celulares, computadores e dinheiro.

Participam da operação policiais civis da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (DEIC/PCSC), Laboratório de Tecnologia Contra Lavagem de Dinheiro (LABLD), Coordenadoria Estadual de Combate à Corrupção (CECOR), Delegacias de Combate à Corrupção de Tubarão e Florianópolis (DECOR), Núcleo de Inteligência (NINT) da Delegacia Regional de Polícia de Criciúma e policiais civis da 5ª e da 6ª DRP, Tubarão e Criciúma, coordenados pela Delegacia de Polícia de Urussanga. A Polícia Militar de Santa Catarina está colaborando nos trabalhos.

Confira mais detalhes com o delegado Ulisses Gabriel: