A perda involuntária de urina se chama incontinência urinária e ela não é normal. A ginecologista e obstetra Bianca Bez Batti De Pellegrin explica que existem várias situações que podem predispor o aparecimento da incontinência. Porém, a principal delas é o enfraquecimento do assoalho pélvico, que é o que sustenta toda a musculatura abdominal. Essa queixa costuma ser frequente na vida das mulheres, aumentando em prevalência e gravidade com a idade. O problema faz com que a mulher tenha perca involuntária de urina durante o dia, como nas práticas de exercícios físicos, caminhadas, ou até mesmo no espirrar, por exemplo. A condição não ameaça a saúde da paciente, no entanto, pode causar vergonha e isolamento social.

Existem três tipos de incontinência urinária: a de urgência, a de esforço e a mista. A doutora Bianca esclarece que a incontinência de urgência é quando a paciente sente vontade de urinar e precisa ir ao banheiro na hora e mal dá tempo de chegar ao local. A de esforço é quando a mulher perde urina quando tosse, espirra ou levanta algum peso. Já a mista é quando acontece as duas situações na paciente. A especialista participou de entrevista no Ponto de Encontro  na manhã desta terça-feira (22), e explicou mais detalhes. Ouça na íntegra:

 

Doenças crônicas podem piorar os sintomas da incontinência, como doença pulmonar obstrutiva crônica, diabetes mellitus, insuficiência vascular e doenças neurológicas. Além disso, existem situações em que há maior pressão no assoalho pélvico, como durante a gravidez e a obesidade. O diagnóstico é feito em uma consulta com um ginecologista. Para o tratamento deve ser analisado o tipo e o grau da incontinência, podendo incluir mudança no hábito de vida, exercícios perineais, fisioterapia pélvica, tratamento com laser e também cirurgia.