O interesse de Fernando Rech Geremias pelo futebol começou ainda quando criança. Foi a mesma época em que o morador de Orleans iniciou a sua paixão pelo Criciúma Esporte Clube. Na década de 1990, Fernando jogava no campinho de futebol próximo à sua casa. Tudo isso motivado pelo jogador profissional Mahicon Librelato (in memorian), também orleanense, que servia de inspiração. Ainda criança, Fernando ia aos jogos do Criciúma, já que sua madrinha morava em frente ao Estádio Heriberto Hülse. “A minha primeira camisa foi a minha madrinha que deu lá em Criciúma, e a partir dali começou essa paixão também por camisas”, relembra.

Somente do Criciúma, Fernando possui 750 camisas oficiais. Alguns dos produtos não são das cores tradicionais do Tigre, preto, amarelo e branco, e sim azul, cor que representava o clube nos anos iniciais de fundação. O assunto foi destaque em entrevista no programa Ponto de Encontro com Fernando, que também comentou sobre a história do Criciúma. Ouça na íntegra:

 

Antes de ganhar a primeira camisa do Tigre de sua madrinha, Fernando já possuía outras da seleção brasileira. Após ganhar a camisa em 2002, com a vitória do Criciúma na Série B, o orleanense começou a comprar as novas camisas quase todos os anos. “Eu lembro que juntei moedinha por moedinha. A mãe falava: ‘Ó Fernando, vai comprar camisa, mas tu tem que juntar, tem que ser obediente’, com 10 anos, aquela coisa. Então, me marcou bastante assim, eu sempre ia lá e comprava algumas camisas”, comenta.

Para Fernando, as camisas atuais com a identificação dos jogadores se torna ainda mais especial para colecionar. “Isso não tem preço, porque a fase que o Criciúma vem nos últimos anos, a identificação dos jogadores com o clube. Antes a gente trocava de time a cada seis meses, agora não. Principalmente o Eder, ele veio e tem feito tudo o que ele pode, tem jogado muito, tem feito gols importantes, então o Eder tem sido símbolo também dessa reconstrução, desse novo período de sucesso”, conta. O colecionador, inclusive, conseguiu uma camisa autografada por Eder e outros jogadores atuais.

Todas as camisas de Fernando ficam em um quarto especial em sua casa. Elas ficam expostas em araras duplas em todo o espaço. “A maioria, praticamente todas, são camisas de jogos. Então tem que ter um cuidado especial, algumas colam, então tem que ter um cuidado, outras mais antigas tem que ter para dobrar ela, que às vezes rasga”, explica. “As mais antigas eu deixo embaladas no plástico”, acrescenta.

As camisas mais antigas são obtidas por Fernando, muitas vezes, de forma inesperada. “Em 2010, quando eu vi um pintor assim, com a camisa um pouco suja e aí falei ‘ba, não tenho nenhuma camisa de pano ainda’ e aí eu peguei e parei ele, e ele ‘não, mas eu não tenho outra camisa e tal’, aí não, ‘vou lá em casa buscar, aguarda um pouquinho’, fui lá em casa, busquei outra camisa, dei para ele, dei mais um troco também, acho que foi R$ 100, na época ele saiu todo faceiro’, relembra. Outro fato parecido ocorreu em Criciúma, onde o colecionador viu um senhor usando uma jaqueta do time do ano de 1999. “Para ele era uma camisa qualquer e tal, para mim era uma que faria bastante na coleção”, destaca.