O câncer de colo de útero é o terceiro mais frequente em mulheres, ficando atrás somente do câncer de mama e o de intestino. De acordo com a ginecologista e obstetra doutora Bianca Bez Batti De Pellegrin, existem alguns fatores que aumentam o risco de desenvolver o câncer. Entre eles, o principal é a atividade sexual da mulher. “Quanto mais cedo for esse início da relação sexual, quanto mais parceiros essa mulher teve, mulheres que não usam preservativo, tudo isso aumenta o risco do câncer do colo de útero”, destaca.

A especialista ainda reforça que, nos estágios iniciais, a mulher não sente sintomas. A paciente começa a sentir algo quando o câncer já está avançado. Por isso que é muito importante realizar o exame preventivo, já que com ele é possível identificar lesões que podem se transformar em um tumor. Caso a mulher não faça um acompanhamento com o ginecologista, ela poderá começar a perceber um corrimento com mau cheiro, sangue e dores após relações sexuais, desconforto e outros sinais.

O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com a doutora Bianca. Ouça na íntegra:

 

Conforme Bianca, o Papilomavírus Humano (HPV) está relacionado ao câncer de colo de útero. “85% das mulheres nos primeiros cinco anos de início de relação sexual, em algum momento, vão entrar em contato com esse vírus. Existem diferentes tipos de HPV: existem vírus que causam lesão benigna, uma verruga, por exemplo, e existem aqueles que causam lesão maligna, que é o câncer”, explica. “A maneira de eu prevenir o contágio é usando preservativo”, acrescenta.

Além disso, Bianca ressalta que há vacinas, disponíveis para crianças e adolescentes. A vacina é feita em meninas de 9 a 14 anos e em meninos de 11 a 14 anos. “Se eu fizer a vacina antes de iniciar a atividade sexual, melhor vai ser a minha cobertura vacinal”, esclarece Bianca. “Nas mulheres e nos homens que já passaram dessa faixa etária a gente pode sim fazer a vacina, só que ela não é disponível pela rede SUS, tem que ser feito particular”, comenta.