A procura pelo gás natural veicular (GNV) aumentou desde o anúncio do reajuste no preço da gasolina. Conforme o presidente da Associação das Convertedoras de Gás Natural de Santa Catarina, Layonn Volpato, desde a semana passada se notou um aumento entre 20 a 30% na procura pela conversão do veículo. Por conta disso, o programa Comando Marconi preparou uma reportagem especial sobre as dúvidas referentes a conversão do veículo movido a gasolina para o gás natural. Ouça na íntegra a entrevista com Layonn:

 

Layonn explica que os reajustes nos preços do GNV são feitos semestralmente, ou seja, em janeiro e em junho. “Há sempre tempo para se programar para saber qual reajuste vai vir, levando em conta que tanto o combustível líquido quanto o gás natural são indexados nos mesmos valores, o que mais diferencia, o que mais justifica o reajuste é sempre o barril do petróleo e o valor do dólar, que impacta bastante”, esclarece.

Para a conversão, o presidente da associação ressalta que os motoristas devem ficar atentos para procedimentos irregulares. Por isso, o Governo do Estado aprovou uma lei onde os postos de combustíveis só poderão abastecer um veículo a gás após liberação por meio de identificação eletrônica, o que só ocorre  após validação da autenticação do selo de GNV. A medida passa a valer a partir do dia 5 de julho deste ano e visa combater acidentes no abastecimento de automóveis convertidos irregularmente para GNV.

“A maior diferença do gás natural em questão da gasolina é o quanto ele rende no motor. Hoje o GNV rende de 20 a 30% a mais do que rende a gasolina. Então, assim, se o teu carro faz dez quilômetros por litro, ele vai fazer no gás de 12 a 13 quilômetros por litro”, comenta. Layonn acrescenta que, analisando o preço médio da gasolina no estado, há uma economia de 60 a 70% com o uso do GNV. “Ele rende mais, ele custa menos e o veículo quando ele é convertido ele fica da forma original da gasolina, então supondo que acabe o gás natural ou vá para alguma rota que não tenha onde parar, ele pode utilizar a gasolina que o veículo trabalha normalmente, o sistema trabalha todo paralelamente a injeção eletrônica”, afirma.

Layonn ainda ressalta que é necessário analisar ainda a qualidade da mão de obra na conversão do carro. “Muitos usuários têm que cuidar, pensar bem, pesquisar e acabar escolhendo uma oficina que preza mais a qualidade do que a quantidade”, disse o especialista sobre a instalação do kit GNV. Sobre os carros de motor 1.0, Layonn afirma que hoje já há métodos de instalação de GNV em que o veículo fica com a potência maior do que com a gasolina. “Trabalhando com injeção eletrônica, adicionando um kit bem feito, uma instalação completa, a gente consegue entregar o veículo melhor no gás do que quando ele andava no combustível líquido”, completa.

O que os ouvintes pensam sobre a conversão

O repórter Marco Búrigo conversou com dois ouvintes que contaram sobre a sua experiência com o uso da GNV em seus carros. Uma delas possui uma experiência boa e outro não gostou de usar o gás natural. Confira a reportagem completa:

 

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