Limoncello é uma bebida alcoólica italiana, tradicionalmente feita com cascas de limão, álcool, água e açúcar. É um licor doce e forte, com um sabor cítrico característico proveniente do limão, geralmente consumido como digestivo após as refeições. Em Cocal do Sul, a bebida vem caindo no gosto das pessoas, especialmente devido a uma iniciativa de três amigos que estão produzindo o licor de forma artesanal. Cassio Pagnan e Xandrus Galli participaram do Ponto de Encontro e explicaram um pouco mais sobre a produção e curiosidades do licor italiano. Marcelo Pizzollo, que não pôde estar presente no programa, completa o “I Tre Amici – Amicizia, Allegria e Bestemmia”.

Durante a participação com o comunicador Edi Carlos, Galli explicou como a receita legítima italiana foi usada para produzir o primeiro lote de limoncello em Cocal, que contou com a ajuda da professora Mariana Búrigo De Menech. “Nós já fizemos parte do Círculo Italiano. Tudo que vem da cultura italiana é muito bem-vindo sempre no Círculo. Lá em Cocal, tem a professora Mariana De Menech, que é professora de italiano. Ela, por sua vez, morou muitos anos na Itália. Antes mesmo de nós começarmos a produzir o nosso limoncello, nós já tínhamos experimentado o limoncello que ela fazia, advindo de uma receita que uma senhora tinha de gerações e que fazia, e ela tomava. Então, essa receita, partindo do pressuposto que é uma receita legítima italiana, nós pegamos. A Mariana nos deu a receita e, a partir de abril do ano passado, a gente fez o primeiro lote”, explica Galli.

Uma das curiosidades da bebida é que ela leva quase dois meses para ser produzida e costuma ser servida somente após as refeições, nunca antes. Isso se deve à sua origem e tradição como uma opção digestiva. “Na Itália, o limão siciliano é muito valorizado. Existem pubs e bares temáticos lá com todo o tema do limão siciliano. Assim como aqui, mais precisamente em Urussanga e região, muita gente faz vinho, e conhecemos várias pessoas que fazem vinho no porão de casa, principalmente os mais antigos. Na Itália, também se faz. É difícil encontrar alguma cantina ou restaurante que não faça o seu próprio limoncello. A maioria faz o seu próprio limoncello e oferece aos clientes. Na maioria das vezes, não é cobrado. A peculiaridade deles é que eles não oferecem antes das refeições, somente após”, conta Pagnan.

Para entender mais sobre o processo de elaboração da bebida, desde a produção até o engarrafamento e comercialização, ouça a entrevista com Cassio e Xandrus. Confira:

Parte 1 

 

Parte 2

 

Por trás da produção de limoncello em Cocal do Sul, existe um aspecto histórico e cultural que permanece forte até hoje: a ligação entre Brasil e Itália, mantida através da língua, dos costumes e das tradições. Para contextualizar essa relação, Cassio Pagnan fez questão de ressaltar o importante papel da Mariana De Menech no início da produção do licor. “Ela é nossa professora. Eu, Xandrus e Marcelo também fizemos parte da turma dela de língua italiana em Cocal. O Círculo Italiano tem duas turmas para adultos que ensinam italiano. Há um ano entramos nessa turma e foi lá que conhecemos ela. No início, quando ela veio lecionar em Cocal, ela nos presenteou com uma garrafa. Gostamos do produto dela e começamos a conversar. E então surgiu a ideia de fazer juntos. Ela nos passou a receita e o primeiro rótulo que fizemos foi em homenagem a ela, porque foi com a receita que ela nos deu. Então, nada mais justo do que dar crédito a fonte que nos inspirou”, lembra.

Os interessados em adquirir o limoncello podem procurar os integrantes do trio de amigos. Além disso, o Posto De Noni, localizado no centro da cidade, também serve como ponto de venda. “Nesse quarto lote, tivemos um novo parceiro, o Posto De Noni, de propriedade do casal Jade e Suzana. Eles disponibilizaram a loja de conveniência do posto, com freezers, como um ponto de venda para nós. Essa parceria foi muito boa porque tornou mais fácil para as pessoas comprarem o nosso produto, especialmente para quem está indo em direção a Cocal, basta parar no posto em frente à igreja. A garrafinha de 500 ml a gente vende por R$ 40 e a garrafa de 700 ml por R$ 50″, relata Cassio.