Infraestrutura, pontes, Ritorno Alle Origini, desburocratização, agricultura e rodízio de suplentes. Estes foram os principais temas abordados pelos vereadores de Urussanga na reunião ordinária dessa terça-feira, dia 27.

Primeiro a fazer uso da palavra, o vereador Caio De Noni (MDB) criticou as restrições impostas pelo Plano Diretor às moradias nas comunidades do Bairro São Pedro. O parlamentar reconheceu que é importante abrir espaço para as empresas, mas não de modo a impossibilitar a construção de residências.

Na avaliação de Caio, o Plano Diretor sem devido diálogo com a comunidade de São Pedro. “Quando foi feito, colocaram tudo como área industrial. Na comunidade de águas mornas temos pessoas querendo construir e não podem fazer uma casa”, afirmou.

O vereador também fez críticas à execução do programa Porteira Aberta. “Para nós colonos, a porteira está fechada faz tempo. Se a prefeitura fosse fazer tudo o que temos direito, tenho certeza que ninguém reclamaria”, disse. “Na Secretaria, tem que colocar em letras bem grandes esses direitos”.

Na avaliação dele, o Executivo deve abrir a possibilidade para que as máquinas agrícolas estejam à disposição dos produtores rurais também aos sábados.

Caio também afirmou que está tentando articular com deputados e agendar uma reunião na Secretaria de Estado da Agricultura para viabilizar mais uma patrola.

O vereador ainda defendeu providências quanto à proliferação de doenças causadas pelo carrapato da capivara. “Temos que prevenir. É melhor do que correr atrás de algo mais grave depois”, alertou.

Luan questiona propaganda do município

Luan Varnier (MDB) criticou as afirmações da Prefeitura de Urussanga nas mídias sociais e em peças publicitárias do município que falam que há 40 obras em andamento e que zerou a fila na saúde.

“A população sabe que não zerou. Com relação às obras, fica a indagação: quantas realmente foram iniciadas?”, questionou. Luan citou como exemplo a escola do Rio Caeté, “que se prolonga por anos e anos, e ninguém finalizou”.

O vereador também afirmou que muitas das obras que estão em andamento seguem causando transtornos para a população, como a rua Pedro Bernardo Joaquim, no Bela Vista.

“Os recursos vieram. Na obra tem a placa com o período de finalização, mas a obra não foi concluída. O dinheiro foi para onde? O recurso estadual veio, a Administração Municipal precisa fazer a sua parte”, cobrou.

“O que não pode é o prefeito usar o nome da Prefeitura para ir à televisão e mentir. Estou falando de obras que os funcionários nem aparecem, e ainda são consideradas ‘em andamento’. Andando para trás? Andando como caranguejo? Vamos chamar de Prefeitura do caranguejo?”, ironizou Luan.

“O que se investe em propaganda deveria ser aplicado para melhorar a vida das pessoas. Assim as pessoas vão ver que melhorou, não precisa ir para a televisão mentir”, concluiu.

Tidinho critica “política do pão e circo”

O vereador Erotides Borges Filho, o Tidinho (PDT), traçou um paralelo entre a realidade atual de Urussanga e o Império Romano, quando o Estado mantinha a política do “pão e circo” para conter distúrbios sociais.

Na avaliação de Tidinho, o município gasta excessivamente em eventos quando deixa de investir em áreas essenciais. “Tenho a impressão que, 2040 anos depois, os métodos de ludibriar a população continuam os mesmos. Não sou contra os eventos, sei da importância cultural deles e para o comércio. O que me preocupa é que temos um prefeito malandro e autocrata comandando tudo isso”, afirmou.

Tidinho se disse contrário à realização, no mesmo ano, de dois eventos, como a Ritorno Alle Origini e a Festa do Vinho. “O que eu percebo é a sanha desse prefeito em usar a máquina pública em promover o seu partido para 2024”, afirmou.

Para o vereador, esse investimento poderia ser aplicado, por exemplo, para valorizar melhor o servidor público. “Poderiam ser utilizados na saúde, ou para pagar o que foi cortado das merendeiras”, sugeriu.

Apesar disso, Tidinho convidou a população para que aproveite as festas. “A festa é com recurso público, da comunidade e para a comunidade. Porém não se deixe iludir. Enquanto houver a cultura do pão e circo, o povo continuará sendo tratado como palhaço”, finalizou.

Casagrande se despede do Legislativo

Na última reunião em que participou na Câmara de Urussanga, Gilson Casagrande (PP) trouxe uma série de obras que estão em andamento para frisar a importância do trabalho do vereador.

Como exemplo, citou a pavimentação da rua Durval Perito, no De Villa, a pavimentação asfáltica e término da colocação de lajotas no Rio Barro Vermelho, pavimentações nos loteamentos Progresso e Olésio Teixeira, a capela mortuária do São Pedro, a abertura da estrada até o Acqua Park e a limpeza no córrego do Rio Carvalho.

“No Morro da lagoa, teve aquela pavimentação de 800 metros para facilitar a vida do pessoal lá de cima, onde um ex-prefeito chegou a fazer parceria com a comunidade para fazer 60 metros”, lembrou Casagrande, para destacar a importância da atuação dos vereadores.

Segundo ele, todas essas obras são fruto da ação dos edis para a captação de recursos. “O trabalho do vereador é muito importante. Muitas das obras do município têm a nossa participação”, disse.

O vereador agradeceu as servidoras da Casa, que, na avaliação dele, são competentes e tratam todos os vereadores de forma igual. O parlamentar também manifestou gratidão ao vereador licenciado Thiago Mutini (PP).

Casagrande, que dará lugar ao suplente Beto Jacintho (PP), ainda desejou êxito ao novo membro do Legislativo. “O Beto vem representar não só o Rio América, mas toda Urussanga. Tenho certeza que fará o melhor. Que seja feliz nesta Casa e que traga bons resultados. Vamos, também, dar espaço aos nossos vereadores suplentes para que mostrem trabalho”, antecipou o progressista.

“Quero valorizar todos os suplentes, de todos os partidos, porque não é fácil uma campanha. Parabéns a essas pessoas, que colocam seus nomes à disposição numa eleição. Merecem sentir como é bom trabalhar e mostrar algo diferente”, finalizou Casagrande.

 

Zé Bis busca recursos em Brasília

José Carlos José, o Zé Bis (PP), usou a tribuna para informar sobre a agenda de trabalho que cumpriu em Brasília com o prefeito de Urussanga, Gustavo Cancellier (PP). “Foi produtiva. Conseguimos fazer um trabalho bom”, avaliou.

Zé Bis relatou ter levado ofícios pedindo para ampliar o limite de faturamento anual do Simples. “Este vereador vem trabalhando há bastante tempo, desde 2021. A lei está tramitando no Congresso e vou pedir apoio para que seja votada. Vai ajudar empresas de todo o país”, afirmou.

A agenda também foi pautada por solicitações de recursos para as pavimentações de Urussanga a Lauro Müller via Santana, Urussanga a Siderópolis via Rio Caeté e de Belvedere a Rio América. O vereador também pediu recursos para a saúde, para a finalização da nova ala do Hospital Nossa Senhora da Conceição e para a compra de uma caminhonete para a Vigilância Sanitária, duas patrolas e três caminhões.

Zé Bis ainda se posicionou para que a lei de licitações seja alterada de modo a dar preferência a empresas do próprio município nas compras de materiais elétricos. “Se tiver aqui em Urussanga o material e mão de obra suficiente, a empresa aqui de Urussanga que participa. A empresa vai vender, vai gerar emprego e o imposto fica aqui no município”, disse.

Zé Bis parabenizou a Comissão Central Organizadora da Ritorno Alle Origini. Para o vereador, a festa teve um retorno muito positivo para Urussanga. “O grande patrimônio são essas pessoas maravilhosas que saem do meio das suas famílias e do seu comércio para fazer um trabalho voluntário. As famílias que participaram, o povo, o desfile, o Parque, o Executivo e todas as pessoas envolvidas. Este é o nosso lucro e que devemos colocar no nosso balanço”, afirmou.

O parlamentar ainda destacou a Escola Móvel Senai, no Parque Municipal, resultado da parceria entre a Prefeitura de Urussanga e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.

“Os cursos oferecidos são uma grande obra que não é construída, mas constrói as pessoas. Os cursos transformam e realizam. Quem tem profissão mantém a família”, afirmou. Zé Bis sugeriu que as empresas incentivem os funcionários a fazer os cursos.

Bonettinho deseja sucesso a Beto Jacintho

O vereador Odivaldo Bonetti, o Bonettinho (PP), parabenizou o vereador Gilson Casagrande (PP), que deixa o Legislativo para dar lugar ao suplente Beto Jacintho (PP). “Eu conheço o Gilson muito bem, sei da credibilidade, sei da índole, sei do trabalho, sei da vontade de fazer o bem. Quem o conhece sabe do que estou falando”, afirmou o parlamentar.

Bonettinho explicou que o rodízio dos suplentes foi decidido por decisão da Executiva do partido. “Nós, que nascemos no Partido Progressista, que nunca fomos de outro partido, temos que dar credibilidade às decisões e segui-las. Do contrário, não haveria razão em ser parte do partido”, disse.

O vereador frisou que o partido só tomará decisões “no momento oportuno”. Bonettinho agradeceu a presença de Beto Jacintho na Câmara e desejou sucesso no período de 30 dias em que ele será vereador.

“Tenho certeza que as demandas do Rio América e daquela região serão trazidas à tribuna, ao Executivo, às autoridades, para você deixar a sua marca aqui. A sua posse nesta Casa Legislativa engrandecerá a nossa Câmara de Vereadores”, afirmou.

Nel defende medidas para desburocratização

O vereador Daniel Moraes, o Nel (PSD), segue trabalhando pela desburocratização. Ele sugeriu ao Executivo, por meio de indicação, a criação de um Programa de Empreendedorismo e Desburocratização, para simplificar abertura e licenciamento de empresas.

“Meu papel nesta Casa, além de fiscalizar, também é buscar o bem da nossa cidade. Hoje, para abrir uma empresa de pequeno porte, leva de 40 dias a até 90 dias. O prefeito precisa sancionar essas leis municipais, que estabelecem até prazo para que o Deplan dê a resposta”, propôs o vereador do PSD.

A inspiração, segundo Nel, é uma iniciativa já adotada em Braço do Norte e que vem apresentando resultados positivos.

O vereador também apresentou requerimento para saber como está o andamento do programa Cidade Empreendedora do Sebrae, cujo contrato foi assinado no início de 2022. Na avaliação de Nel, passados 15 meses da assinatura, ações decorrentes da parceria já deveriam estar sendo implantadas pelo município para estimular a criação de novos negócios. “Não vi mais movimentação, por isso fiz o requerimento. Espero que esteja caminhando”, afirmou.

Nel também levou à tribuna um comparativo entre as obras iniciadas pelo prefeito Gustavo Cancellier (PP) com aquelas que tiveram início durante a interinidade de Jair Nandi (PSD).

Conforme o levantamento de Nel, Cancellier iniciou 7.626 metros em pavimentação em cinco anos. Já o vice-prefeito Nandi, nos dez meses em que esteve à frente do Executivo, viabilizou o início de 8.106 metros de pavimentação. Os cálculos, segundo ele, não consideram recapagens ou colocação de asfalto sobre vias que já tinham pavimento.
Nel antecipou que apresentará requerimento solicitando o projeto do anel viário, que seria construído com recursos do Finisa. “Lembro bem que o prefeito Gustavo foi bem incisivo dizendo que, dos R$ 10 milhões do financiamento que ele iria pegar, R$ 9 milhões seriam para o anel viário”, afirmou Nel.

O vereador parabenizou um ato no intervalo do jogo entre Criciúma e CRB em defesa das pessoas autistas. A dupla Brenno e Edu compôs uma música e tocou no intervalo. Nel citou  a participação de Camila Machado e Cintia Baggio para que a música pudesse ser gravada.

De Bona pede providências em ponte e pavimentação

O vereador Fabiano De Bona cobrou do Executivo providências quanto à “Ponte do Tico”, na rodovia Rony Zaniboni, perto da localidade de Pindotiba.

Ele mostrou imagens da ponte de madeira deteriorada e sem manutenção aparente. “Sem corrimão, numa curva, com buracos. Já vou antecipar: esta rodovia é municipal, e não estadual. Se o prefeito fizer uma ponte nova, sugiro que seja de concreto, porque já há projeto de pavimentação dessa rodovia”, afirmou De Bona.

O vereador exibiu, também, imagens da rua Pedro Bernardo Joaquim, no Bela Vista. “Está intransitável.  “Eu estava lá no dia da entrega da ordem de serviço. Setembro de 2021. Vai fazer dois anos. Se cair um carro, alguém se machucar, vão dizer que é uma fatalidade. É incompetência”, declarou.

De Bona criticou o vereador Gilson Casagrande (PP) por, na avaliação dele, ter se exaltado num momento anterior. “Gritou porque perdeu a razão. Não tem a razão de defender o prefeito Gustavo. A promotora disse que uma quadrilha se instaurou”, relatou.

Ele citou a fala do vereador Nel (PSD), que comparou as obras de pavimentação de Gustavo Cancellier (PP) com as iniciadas por Jair Nandi (PSD). De Bona acrescentou que as obras do primeiro foram por meio de endividamento, enquanto as de Nandi não deixam dívidas para o município. “E, até agora, a Polícia Federal não veio aqui por causa de obra que o Nandi fez”, disse.

Confira também:

Colaboração: Renan Medeiros Amâncio / Assessoria de Imprensa