A patologia é uma das especialidades médicas mais antigas da humanidade. Nela, o especialista é capaz de identificar inúmeras doenças através da análise e do diagnóstico. A urussanguense Daniella Serafin Couto Vieira é uma médica patologista e também atua como formadora no curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A doutora Daniella participou de entrevista no Ponto de Encontro e falou mais sobre a sua área de atuação, o que faz um patologista, as pesquisas e trabalhos científicos, além do câncer de mama, que é uma das áreas em que possui experiência. Ouça na íntegra:

 

Daniella ingressou no curso de medicina na Fundação Universidade Regional de Blumenau no final dos anos 90, quando tinha 17 anos de idade. “Naquela época a gente não tinha internet, a gente não tinha essas facilidades, não tinha telefone celular, era uma época muito diferente de agora”, relembra a especialista. Daniella conta também que quando era acadêmica se comunicava por cartas com a sua família de Urussanga, já que morava em Blumenau.

Sobre a sua área, Daniella destaca que a patologia é como se fosse um teatro: os atores são os médicos que aparecem e o patologista é o diretor  que está atrás das cortinas, sendo produtor. “O patologista é um médico muito especialista que não aparece de maneira formal para as pessoas, a não ser que você precise de uma biópsia, daí você sabe quem é”, comenta. “O patologista é aquele médico pesquisador que estuda, ele define o diagnóstico, ele apresenta ao seu colega médico o que aquela pessoa tem e, a partir daí, ela é tratada”, acrescenta.

Uma das áreas mais estudadas pela doutora Daniella é o câncer de mama, no qual atua há mais de 15 anos. “Esse tumor realmente é o mais prevalente no mundo das mulheres. Ele só perde para os tumores de pele não melanoma”, comenta. Conforme a doutora, o câncer de mama é mortal caso o diagnóstico seja tardio e o tratamento não seja realizado. Daniella ressalta que os pesquisadores estudam cada vez mais formas de fazerem os diagnósticos de câncer mais rápido, para que o tratamento seja mais efetivo. “A gente precisa bater na tecla que o diagnóstico precoce de massa é a mamografia. Você não pode deixar de fazer a mamografia a partir de certa idade”, reforça.

Formação da especialista Daniella

Formação: Medicina – Fundação Universidade Regional de Blumenau -1996;

Residência Médica: Anatomia Patológica – Hospital pPlydoro Ernani de São Thiago HU-UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina – 1999;

Mestrado: Programa de Pós Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal de Santa Catarina – 1997;

Doutorado: Programa de Pós Graduação em Farmácia da Universidade Federal de Santa Catarina – 2022;

Professora do Curso de Graduação em Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina – desde 1999;

Médica da Unidade de Laboratório de Anatomia Patológica do Hospital pPlydoro Ernani de São Thiago HU-UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina – 2000;

Médica supervisora do programa de residência médica em anatomia patologia do Hospital pPlydoro Ernani de São Thiago HU-UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina – 2000;

Médica patologista consultora do laboratório Macro e Micro – 2022.