A Segunda Reunião Ordinária da Câmara de Vereadores de Urussanga foi realizada na quarta-feira, dia 14. Apenas os vereadores Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD), Luan Francisco Varnier (MDB), Ademir Bonomi (MDB) e Erotides Borges Filho (PDT) participaram da sessão. De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, os vereadores Elson Roberto Ramos (MDB), José Carlos José (PP), Odivaldo Bonetti (PP) e Thiago Mutini (PP) não estavam presentes em virtude de uma viagem a Brasília para tratarem de assuntos de interesse do Município. O vereador Fabiano Murialdo De Bona (Sem Partido) não participou da reunião por motivo de saúde. Ainda segundo a assessoria, devido à falta de quórum não foram votadas as matérias que estavam na ordem do dia.

Destaques do Plenário

Daniel Rejes Pereira Moraes (PSD) informou que vai reativar no Legislativo a comissão de fiscalização de obras públicas. O vereador solicitou ao presidente da Casa, Luan Varnier (MDB), o suporte necessário para a comissão, inclusive, uma assessoria técnica em engenharia civil para avaliar as obras em execução. “Nós, como vereadores, fiscalizamos as obras, mas um olhar técnico vai ser necessário para termos um retorno mais concreto”, afirmou.

O vereador informou que passou pela rodovia SC 108 e verificou uma operação tapa-buracos paliativa em alguns trechos mais críticos. “Essa Casa e as demais da região devem fortalecer, ficar em cima para que não passe os quatro anos do governador com a rodovia nessa mesma situação. A gente sabe que quando ele assumiu, a obra de duplicação havia iniciado e uma pequena parte do valor liberado e depois a obra foi parada, por isso, precisamos continuar cobrando”, destacou.

Daniel Moraes registrou que na entrada do Loteamento Pirago o asfalto cedeu e afirmou que comunicou à Secretaria de Obras e recebeu o sinal positivo de que a manutenção seria feita.

O vereador lembrou que o escritório de sua transportadora fica próximo a oficina mecânica que presta serviços de manutenção para a Prefeitura. O vereador disse acreditar que muitos equipamentos estão parados no pátio da oficina porque a administração municipal não tem dinheiro para pagar os serviços.

“No local existem quatro tratores e três retroescavadeiras paradas, e alguns agricultores me falaram que estão precisando dos equipamentos e a prefeitura diz que não tem, alguns fizeram aniversário parados no local. Na próxima semana vou trazes fotos e acredito que o problema é falta de pagamento, o prefeito não tem dinheiro”, lamentou.

Daniel registrou ainda problemas na coleta do lixo em algumas localidades onde constatou lixeiras cheias e lixo espalhado. “Peço ao prefeito que ele tenha mais sensibilidade com o nosso povo, não adianta ficar gravando vídeos e depois esquecer a população. Passamos o último ano todo com migalhas e agora ele acha que com esses vídeos as pessoas vão esquecer tudo que passaram”, concluiu.

Luan Francisco Varnier (MDB) destacou que a postura do prefeito municipal tem sido a mesma há muito tempo. O vereador lembrou que em 2018, quando foi vereador durante 30 dias, havia um projeto em tramitação na Câmara proposto pelo Executivo que reduzia a escolaridade para cargos comissionados de livre nomeação do prefeito.

“Na época fiz uma emenda ao projeto propondo que as pessoas que estivessem nesses cargos tivessem que voltar a estudar. Naquele momento ele teria que demitir algumas pessoas, caso o projeto de redução de escolaridade não fosse aprovado. E ele chegava nesses servidores e dizia que se o projeto não passasse na Câmara por causa do Luan ele teria que demitir. Depois de alguns anos fui eleito, estou indo para o quarto ano de mandato, e agora veio a solicitação da Justiça conforme determinação do Ministério Público para que ele cumpra a Lei e a tática desse prefeito irresponsável é a mesma, ele vai no servidor e diz que vai ter que demitir porque o Luan fez a denúncia”, afirmou.

O vereador disse que a promotoria de Justiça deixou bem claro que desde 2020 o Ministério Público tem recomendado que o prefeito cumpra a Lei. “Não é o vereador Luan que está demitindo as pessoas, muito pelo contrário, foi a irresponsabilidade do prefeito perante a administração municipal que gerou as demissões, porque se ele tivesse seguido a Lei, feito o concurso público nada disso estaria acontecendo”, criticou.

Luan disse que vem sendo questionado no dia a dia se as demissões são por sua causa. “Estou aqui como parlamentar para que a lei seja cumprida, diferente do prefeito. Ele fez um concurso público e tem que cumprir a Lei, e isso ele não vem fazendo. Quero deixar bem claro aos secretários, os quais visitarei um por um, que parem com essa mesma estratégia ridícula de dizer ao servidor que é o vereador Luan que está demitindo. Não sou eu, a determinação é judicial e o prefeito vai ter que cumprir”, declarou.

O vereador Luan Varnier afirmou que o caos instaurado com as demissões exigidas pela Justiça é culpa exclusivamente do prefeito. “A culpa é desse prefeito corrupto que teve a Polícia Federal batendo na sua porta às seis da manhã e o afastou por um ano e meio e aí o Jair Nandi teve que assumir e arrumar a bagunça”, disse.

Luan registrou que foi procurado por diversos pais alegando que foram informados que as crianças matriculadas a partir de janeiro de 2024 não receberão o kit de material escolar. “Nas redes sociais o prefeito fala que todas as crianças receberão o kit de material escolar, mas eles não oferecem vagas nas creches e quando aparece uma vaga a criança entra e não recebe o material escolar, será que essa regra também vai servir para o uniforme? Será que vai ser mais uma propaganda enganosa como ele fez na campanha?”, cobrou.

Luan Varnier avalia a atitude do prefeito como irresponsável porque os pais ouvem a propaganda enganosa e ficam na expectativa de receberem o kit escolar. O vereador registrou ainda que foi procurado por pais relatando a falta de transporte para crianças menores de quatro anos. “O Município não se adequa e os pais e mães sem carro acabam sendo prejudicados. A Constituição garante o direito à educação, cadê a Secretária de Educação que não se preocupa com essas pessoas? Fica aqui a nossa cobrança”, afirmou.

O vereador lembrou que nesta quinta-feira (15) começam as aulas da rede estadual de educação e que vem recursos do Estado para o Município aplicar no transporte escolar. “Vocês sabiam que tem aluno que não vai para a aula amanhã porque não tem transporte? Tem rota que não vai ser feita porque a licitação não saiu em tempo hábil. Como pode isso? Eles não se organizam para o ano letivo? Como ficarão esses alunos? Como vai ser reposto o conteúdo? Ou seja, mais uma vez o contribuinte sai prejudicado por irresponsabilidade e falta de organização da Secretaria de Educação”

Luan destacou o descaso da prefeitura em relação ao problema com as lajotas soltas em diversas ruas, buracos nas estradas, máquinas da prefeitura largadas sem conserto em oficinas e falta de estrutura para os profissionais da farmácia dos SUS atenderem a população. O vereador disse ainda, que esteve avaliando problemas no loteamento onde o prefeito é sócio. “Aquilo é uma vergonha, gente caindo e se machucando e os órgãos do meio ambiente da época liberaram como? Lá tinha nascentes, árvores; será que a regra tem sido a mesma para os demais empresários que fazem loteamento em Urussanga? E reafirmo, eu não tenho medo de tratar sobre qualquer assunto que seja importante para o Município”, concluiu.

Erotides Borges Filho (PDT) fez uma retrospectiva do pacote de obras prometido e não entregue à população pela administração municipal. De acordo com o vereador, um dos projetos apresentados pelo prefeito seria a construção no Parque Municipal de uma réplica do Coliseu de Roma e Arcos de Constantino. “A estrutura teria capacidade para milhares de pessoas e abrigaria um cinema com realidade virtual e mais um ano se passou e nós vereadores, assim como os demais moradores de Urussanga, ficamos na expectativa de assistir um espetáculo no Coliseu Municipal e sermos beneficiados pelas demais promessas. A vida realmente não é um conto de fadas, mas sim, um conto de fatos”, afirmou.

“Imaginem se todas as promessas tivessem sido cumpridas, o pessoal do interior que não pudesse estar presente na inauguração do Coliseu poderia acompanhar pela internet rural, isso foi promessa. Os aprovados no concurso público estariam em seus postos e presença garantida no espetáculo, promessa. As entidades e associações teriam recebido as emendas impositivas e estariam tranquilas para prestigiar o espetáculo. Em caso de feridos durante as apresentações, os mesmos seriam atendidos nos postos de saúde com os telhados reformados, mais promessa.  Caso precisasse levar para outro Município, sem problema, teríamos o carro de viagem para pacientes com motorista, isso também foi prometido”, lembrou.

O vereador destacou ainda, que o prefeito prometeu e não cumpriu a reforma do telhado do terminal rodoviário, a manutenção e pavimentação de diversas estradas. “Em caso de poeira as estradas estariam molhadas porque o que foi pago de caminhão pipa daria para molhar uns mil anos. Os moradores de Santana que viessem pela serrinha e percebessem algum problema na obra avisariam o geólogo e tudo estaria resolvido. Os atletas, com o recurso do bolsa atleta, poderiam fazer seus treinos físicos no poliesportivo do Rio América ou no Nova Itália, também foi prometido”, registrou.

Erotides elencou várias outras promessas não concretizadas, como a quadra de tênis e piscina térmica municipal no Colégio Monsenhor, ingressos para shows a preço populares, prestação de contas logo após o término do espetáculo e com valores reais sem maquiar os números. “Caso tivesse prejuízo, mesmo próximo a um milhão e quatrocentos mil reais, como aconteceu nas duas últimas festas, a prefeitura iria arcar com as prioridades e festa é uma delas, os 15 mil moradores afetados pela chuva não pagariam ingresso. Em caso de morte de algum dos gladiadores no Coliseu ele poderia ser velado na capela mortuária do Belvedere, outra promessa. Lógico que teríamos no Coliseu câmeras de segurança para garantir a integridade dos visitantes com a mesma qualidade das que foram instaladas nas 13 escolas do Município, mais uma promessa. Os almoços e jantares para os atletas seriam servido no restaurante San Genaro devidamente reformado para o evento, outra promessa. Acredito que o projeto do Coliseu estaria dentro do Programa Urussanga Sustentável e teríamos instalação de placas solares, assim como seria feito nos prédios públicos”, lamentou.

O vereador disse que com a verba no montante de 700 mil reais destinada a publicidade, a inauguração do Coliseu seria transmitida para todo o mundo. “Essa ele não prometeu, mas fez, e ainda contrata meio de comunicação de outro Município. O que é pior, com a abertura da loja de artesanato poderíamos vender réplicas do coliseu, do trator de esteira e do caminhão pipa fantasma”, ironizou.

Erotides registrou ainda, que os participantes poderiam ficar alojados nas escolas Ernesto César Mariot, no Bel Recanto, ou no Alda Brognoli, no Rio Caeté, porque as reformas prometidas estariam realizadas. “Hoje, o que temos como realidade é um parque Municipal abandonado, uma cidade suja cheia de obras inacabadas e o não pagamento das emendas impositivas municipais, isso é uma vergonha. Somente para o Hospital seriam cerca de R$ 300 mil e simplesmente eles inabilitaram o Hospital de receber emendas. Uma entidade que recebe dinheiro do governo Federal e estadual não pode receber emendas do Município, mais uma vez as entidades sendo prejudicadas. Quem sabe o prefeito poderia gravar um vídeo falando das promessas do ‘Ainda mais Urussanga’ e das emendas. Tem horas que para alguns tomarem vergonha na cara é pouco. Deveriam ser impressas no corpo todo”, finalizou.

Colaboração: Wilson Adriani Joaquim / Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores de Urussanga

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