A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava uma suposta agressão de uma professora contra uma criança de 4 anos de idade, em Urussanga. As investigações foram encaminhadas ao Ministério Público. O caso teria acontecido no dia 15 de fevereiro, no Centro Educacional Vereador Erotides Oprendino Borges, no bairro Da Estação. No Boletim de Ocorrência registrado consta que a criança teve a perna puxada pela professora porque não queria dormir no horário de descanso. No entanto, de acordo com o delegado Márcio Campos Neves, o laudo pericial aponta que a criança sofreu uma lesão causada por instrumento contundente, que pode ser, por exemplo, um soco, pancada ou até mesmo uma queda da própria altura, e não por um puxão, como relatado.

Imagens das câmeras de segurança do lado de fora da escola foram analisadas. Na parte interna da instituição, principalmente nas salas de aula, não há câmeras. Nas imagens da área externa, segundo o delegado, foi possível ver a criança saindo da escola mancando, demostrando que tinha algum problema na perna. “Inclusive ela cai, ela fica 13 segundos ali caída, não dá para ver efetivamente o que ela estava fazendo, mas dá para ver que é uma queda, porque ela fica atrás de um veículo. E se levanta, começa a mancar, e a mãe acaba tendo que pegar no colo”, detalhou Campos Neves. Por conta disso, houve duas linhas de investigação: ou a criança caiu na rua por conta da lesão que teria sofrido na escola; ou a lesão mostrada no laudo é por conta dessa queda na rua.

Conforme o delegado, várias pessoas foram ouvidas durante as investigações. “Em princípio, não dá para afirmar que foi aquela professora que teria sido ventilada, ao contrário, porque todos os depoimentos, inclusive, apresenta uma outra pessoa que diz que foi quem colocou aquela criança para dormir naquele dia, e que não teve nenhum problema, e que depois, inclusive, ela teve algumas atividades externas depois desse fato que teria acontecido ali na hora do sono”, explicou Márcio Campos Neves. As investigações foram encaminhadas ao Ministério Público. Segundo o delegado, o MP irá analisar as provas, podendo solicitar mais provas; promover a denúncia contra alguém; arquivar o caso; ou acatar a sugestão da polícia, que é ouvir a criança em uma audiência especial com a presença de uma psicóloga, previsto em lei.

Sindicância 

A Secretaria de Educação de Urussanga instaurou uma sindicância interna para investigar o caso. Conforme a secretária Janea Possamai, a sindicância está perto do prazo de conclusão. Janea destacou que vê duas vítimas nesta situação: a criança, que teve de fato uma lesão; e a professora, que foi acusada injustamente pelo caso. A professora que foi apontada pela agressão está afastada com atestado médico por motivos de saúde emocional. A criança também não está frequentando a escola até o momento.

O programa Comando Marconi abordou mais detalhes do caso em entrevista com a secretária Janea. Ouça na íntegra:

Parte 01

 

Parte 02

 

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