A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o terceiro inquérito da Operação Hera, em Urussanga. Nesse procedimento, foram indiciados por peculato culposo e fraude processual um vereador e um diretor, ambos afastados por decisão judicial. O inquérito foi iniciado em razão de notícia veiculada na imprensa em 27 de agosto, informando de que teria sido subtraído um motor de uma retroescavadeira, marca Hyundai, pertencente a Urussanga, que estava em um depósito pertencente ao município, junto ao parque municipal Ado Cassetari Vieira.

Conforme as investigações da Polícia Civil, em 2019, face a um problema no motor, resolveu-se tornar inservível a máquina por decisão do então gestor da agricultura. A retroescavadeira estava com o motor todo desmontado, tendo sido as peças colocadas na cabine e levadas para o parque municipal, local de fácil acesso e sem vigilância dos equipamentos.

Já no início das investigações, percebeu-se que havia problema de gestão envolvendo os bens municipais, sequer sendo possível precisar se as peças foram furtadas ou objeto de peculato, em especial dado o lapso temporal desde que a máquina deixou de ser utilizada e a informação do desaparecimento das peças vir à tona – a própria prefeitura, em alguns casos, utilizou parte da máquina, como pneus, sem qualquer inventário prévio ou documentação das informações.

No decorrer da apuração, os dois ex gestores da pasta da agricultura, para se eximirem da responsabilidade, combinaram depoimento para imputar a terceiros a negligência com relação à máquina, ao que tudo indica, a fim de induzir a erro o juiz, perpetrando, além do peculato culposo, pela negligência com relação ao patrimônio público, fraude processual, conhecida como obstrução da justiça. No inquérito também foi pleiteado o afastamento das funções dos indiciados até a conclusão das demais investigações.

Urussanga: Polícia Civil conclui os dois primeiros inquéritos da operação “Hera”

Com informações da Polícia Civil de Santa Catarina