A Polícia Civil concluiu o quarto inquérito da Operação Hera, em Urussanga, que apurava as condutas de um diretor da prefeitura. Além dele, houve o indiciamento de dois empresários e uma mulher. Pelo inquérito, foram identificados pelo menos quatro crimes de advocacia administrativa. Segundo a Polícia Civil, ele teria intervido em favor de três empresários em órgãos da prefeitura, tendo afirmado que o fiscal da Fundação Ambiental Municipal de Urussanga (FAMU) deveria receber “férias definitivas”. Também interveio para vacinar a própria sobrinha contra a Covid-19.

Outro indiciamento foi por peculato, em concurso com outra pessoa. O investigado é suspeito de desviar luvas cirúrgicas em prol de uma pessoa conhecida. Também foi indiciado por frustração do caráter competitivo de licitação e associação criminosa junto com dois empresários. Será instaurado novo inquérito para apurar indícios de fraude em licitações, a origem de cheques apreendidos e também citações em uma agenda como “caixinha do asfalto” e uma contabilidade que pode indicar a suspeita de “rachadinha” de salário.

A pena do peculato é de 2 a 12 anos e multa, a da advocacia administrativa de 1 a 3 meses, a da frustração do caráter competitivo de licitação de 3 a 5 anos, e a de associação criminosa de 1 a 3 anos. Estão sendo analisados documentos que foram apreendidos.