O colecionismo é o ato de coletar objetos de valor sentimental ou histórico, como figurinhas, moedas, selos, latas, cartões, brinquedos antigos, entre outros. Para os colecionadores, a diversão está em encontrar peças raras e adicioná-las à sua coleção, que pode ser exibida e compartilhada com outros interessados. Além disso, o colecionismo pode ser uma valiosa atividade educacional que ajuda a preservar a história e a cultura.

Procurando valorizar o colecionismo e aprender um pouco mais sobre o hobby, o programa Ponto de Encontro desta semana realizou uma entrevista especial com colecionadores urussanguenses. Magaly Bonetti Mazzucco, Maria Alice Júlio Batista, Paulo José Goulart e Orladi Cadorin estiveram no estúdio da emissora.

Magaly Bonetti é uma das integrantes mais recentes do grupo. Ela explica que o espaço de colecionadores é uma ótima maneira de trocar experiências e conhecimentos sobre a prática. “Eu sou filhotinha aqui no grupo. Comecei a colecionar de uma maneira organizada, que é aquilo que a gente diz não é acumular, é organizar, comecei aí de uns quatro, cinco anos para cá. Faz mais ou menos um ano que tive a sorte de conhecer um grupo organizado aqui em Urussanga. Me inseri no grupo e tenho aprendido bastante, recebido bastante dicas de organização, do material, se de fato aquilo que a gente tem é verdadeiro ou não é, o que vale a pena guardar, como é que funciona, tô bem contente fazendo parte do grupo”, conta.

Magaly coleciona vários itens, sendo que alguns possuem um resgate cultural, já que permitem preservar e valorizar objetos de importância histórica ou artística. “Eu coleciono moedas, sobretudo as moedas de real. Tenho alguma coisa antiga que eu herdei do meu avô, mas acho mais difícil perseguir as moedas de 1 real que ainda estão em circulação, então é gostoso garimpar elas, procurar elas. Então existem aí modalidades que eu fiz espelhadas em outras pessoas. Moedas, por exemplo, as especiais das Olimpíadas, moedas com versos especiais e edições especiais que foram lançadas no plano real no decorrer dos anos. Além disso, tô estudando um pouquinho mais agora também aquelas moedas que a gente chama de anômalas, aquelas que tem algum defeitinho. Coleciono porcelana, porcelana antiga. Essa foi a minha primeira coleção. Tem uma coleção que eu gosto bastante, mas preciso garimpar mais ela que é a coleção de materiais da Festa do Vinho e do centenário de Urussanga”, frisa. Cuidar e manter tudo organizado não é uma tarefa fácil, porém, o gosto pelo passatempo não termina aí. A coleção de Barbies é uma das mais populares entre os colecionadores de brinquedos. “O meu carro o chefe hoje é a boneca Barbie, que eu tenho aí perto de 150 unidades, de diversos anos, de 89 para cá”, descreve Magaly.

Saiba mais sobre como é preservar a memória, reviver a história e experimentar a alegria de colecionar. Ouça a entrevista completa no player abaixo:

Parte 1

 

Parte 2

 

O colecionismo é uma tradição que pode ser passada de geração para geração, permitindo preservar um valor sentimental. “Eu cresci fazendo colecionismo, e eu gosto de repassar isso para as pessoas. Meu trabalho hoje dentro da área cultural, eu gosto de repassar essa importância para as crianças, para os adolescentes. Sempre que tem um evento a gente procura inserir isso para explicar melhor e mostrar essa paixão e a importância que tem. O meu pai ele tinha uma loucura por tudo, ele não tinha algo, ele tinha muito. Eu coleciono moeda, cédula, flâmula, bandeira dos estados, de alguns países eu consigo ter ainda… ter porque é complicado manter a manutenção da bandeira, é uma bandeira mesmo. Eu tenho folders da Festa do Vinho, inclusive fiz exposição”, relata Maria Alice. “Essas paixões a gente mantêm de geração para geração e eu tô mantendo”, afirma.

Orladi Cadorin, o popular “Pingo”, começou a colecionar, ainda jovem, negociando e buscando uma maneira de adquirir itens para sua coleção a um preço mais acessível. “Eu era novo, e eu comecei com tudo. Digamos assim, eram moedas, coisas antigas, coisas da igreja, eu até negociava com os ‘capelães’ que a gente falava na época, assim da igreja do interior. Ele já tinha abandonado aquele castiçal, aquela coisa tava lá para trás, já tinha passado para eles, mas para mim tinha muito valor. Eu negociava, trocava com vermute, com vinho, comprava novo o artefato e trocava. E, era de tudo, eu não tinha específico uma coisa. Hoje, minha paixão maior é moeda, da qual faço parte desse maravilhoso grupo”, explica.

Colecionar pode exigir dedicação e organização. Para alguns colecionadores, a paixão por colecionar é uma parte importante de suas vidas, e eles investem tempo e esforço em pesquisar e adquirir itens. Além disso, é importante que o colecionador tenha espaço adequado para armazenar os itens da coleção. Isso é importante para proteger os objetos de possíveis danos, como umidade, luz solar, poeira e outros fatores adversos. “Eu tenho uma coleção de ferramentas, estão expostas na garagem do carro. Na garagem tem uma parede toda para as ferramentas. Instrumentos de uso de carpinteiro, pedreiro, lenhador”, diz Paulo Goulart, um dos fundadores do grupo urussanguense.

Doar itens para os colecionadores pode ser uma maneira generosa de ajudá-los a expandir e enriquecer suas coleções. Se você quer ajudar, entre em contato com os membros do grupo de colecionadores de Urussanga.