A saúde do homem, em todos os aspectos, é ainda mais evidenciada neste mês, quando se é lembrada a campanha do Novembro Azul. A campanha reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata. Além disso, todos os outros fatores da saúde do homem também merecem destaque. Um desses aspectos é a saúde mental masculina. De acordo com o psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Urussanga, Pablo Feltrin, muitos homens deixam de buscar um profissional quando necessário por “medo” ou outro fator. O mesmo vale para as questões psicológicas.

Conforme o especialista, os homens sempre foram, historicamente, mais relapsos com a própria saúde. “Muitas vezes a gente acha que o homem é de ferro, que não adoece, aí vem também aquela ideia, aquele status de ser machão, de ser durão”, comenta Pablo. “É como se fosse besteira, bobiça, não precisa, ‘eu tô bem’. O homem é o ser que quando ele vai procurar a saúde ele já está com o problema instaurado, então ele não é preventivo”, completa o psicólogo.

Feltrin ainda ressalta que o homem quando procura atendimento, tendo como base a questão da saúde mental, ele está muito mais debilitado comparado a mulher. “Muitas vezes o prejuízo acaba sendo maior, justamente por não ter feito algo preventivo”, frisa. O psicólogo Pablo participou de entrevista no Comando Marconi e falou mais sobre o assunto. Ouça:

Parte 01

 

Parte 02

 

Feltrin reforça que é importante que os homens saibam controlar suas emoções e sentimentos. O profissional ainda esclarece que saúde mental não implica somente a doenças mentais ou a ausência delas, mas sim se auto conhecer e saber dos próprios limites. O psicólogo comenta que há uma cultura masculina em que os homens se preocupam mais com questões financeiras e de trabalho, esquecendo-se da própria saúde.

Além disso, Pablo frisa que muitos homens acabam procurando válvulas de escape ao invés de lidar com os problemas, o que pode gerar vícios. Muitas pessoas acabam bebendo álcool quase que diariamente para poder lidar com a rotina e não percebem que estão se tornando dependentes. Conforme Feltrin, outras válvulas de escape podem ser usadas, que não prejudiquem a si próprio, como o contato próximo com os filhos e a família, e a prática de atividades físicas.

Leia também:

Novembro Azul: Urussanga com horário especial para exames e ações diversas de conscientização