Suas lembranças de quando morava no campo com a família são as principais inspirações para suas obras. Jerci Maccari, natural de Urussanga, mudou-se ainda com quatro anos de idade para o Paraná. Enquanto frequentava a escola rural, Jerci lembra que reproduzia nas aulas de arte os desenhos que via bordados nas toalhas de louça. Na adolescência, aos 13 anos, decidiu que iria para o seminário. Durante os estudos, Jerci percebeu que tinha muita facilidade em desenhar. Prova disso era que sempre aproveitava os momentos livres no seminário para fazer desenhos.
Após cinco anos no seminário na cidade catarinense de Ibicaré, Jerci se mudou para São Paulo. “Eu encontrei dois artistas seminaristas que pintavam maravilhosamente bem, e que até hoje são os meus ídolos”, conta. No seminário, Jerci encontrou uma revista de arte que possuía uma reportagem sobre Candido Portinari que chamou sua atenção. “Em seguida caiu uma outra revista na minha mão que tinha uma reportagem sobre um outro artista europeu, um tal de Pablo Picasso”, lembra. As diferentes formas de fazer arte fizeram com que Jerci entendesse que ele não precisava copiar em seus desenhos aquilo que ele via, como quando fazia quando era criança.
O programa Ponto de Encontro destacou mais sobre a história de Jerci e de suas obras em uma entrevista especial com o artista. Ouça na íntegra e conheça:
Em março de 2015, as obras de Jerci foram destaque em um telão durante o programa do Faustão, na TV Globo. “Foi exatamente no dia em que houve uma manifestação nacional, de Norte a Sul, contra o governo Dilma, e por causa das intervenções dentro do programa a matéria ficou no ar por apenas 35 segundos. E o Faustão foi surpreendido durante a semana pelas inúmeras solicitações de revisão da mesma matéria”, conta. Por conta disso, suas obras foram novamente exibidas no programa do domingo seguinte, desta vez em 45 segundos. A partir daí, as obras de Jerci, que já eram conhecidas, receberam ainda mais destaque.
Passados vários anos, sua inspiração continua a mesma. “Eu sou filho de agricultores e vivi na roça até completar os meus 13 anos, e toda a minha trajetória artística, apesar da versatilidade de entrar pelo lado religioso e em alguns animais que fazem parte do meu afeto, como são os gatos, eu trago para a minha obra um resgate da cultura familiar desenvolvida pela própria família”, reforça.
De Urussanga para o mundo
As obras de Jerci estão expostas no Parcus Gallery Exhibition, na capital da França, em Paris. Os interessados em adquirir uma das obras de Jerci podem acessar seu site oficial clicando aqui.
