Os laudos referentes a morte de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, foram apresentados em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (11), no Palácio da Polícia, em Porto Alegre/RS.

A causa da morte foi asfixia mecânica por sufocação indireta. Segundo o Diretor do Departamento Médico-Legal do IGP, Eduardo Terner, esse tipo de asfixia ocorre quando há peso sobre a região torácica ou lombar, que perturba o mecanismo de respiração e impede a expansão do tórax.

João morreu após ser dominado por seguranças do supermercado Carrefour, no dia 19 de novembro de 2020. O caso alcançou grande repercussão, por se tratar da morte de um homem negro, na véspera do Dia da Consciência Negra.

Sobre o trabalho da perícia

Para chegar a conclusão da causa da morte, os peritos médico-legistas fizeram vários tipos de investigações. Além da necrópsia, foram coletados fragmentos de órgãos internos para análise anatomopatológica e para os exames toxicológicos, que descartaram o consumo de álcool e drogas pela vítima. Vídeos fornecidos pela Polícia Civil também foram analisados para a compreensão da dinâmica do fato.

Três médicos-legistas, patologistas e os peritos que atuaram na cena do crime trabalharam integrados. “Foi um trabalho de alta complexidade, o que determinou o tempo para a entrega dos Laudos”, afirmou a Diretora-Geral do IGP, Heloisa Kuser.

Seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil, por homicídio triplamente qualificado, pela morte de João Alberto. A asfixia revelada no Laudo do IGP é considerada uma das qualificadoras do crime. As outras duas são motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. Três pessoas estão presas.

Fonte: Instituto Geral de Perícias do Rio Grande do Sul

Da Redação