As mudanças climáticas têm impactado todo o mundo e gerado diversos efeitos em diferentes regiões. Nesse contexto, o Brasil não está imune aos impactos ambientais causados pela atividade humana moderna. Para discutir esse tema e detalhar os desafios ambientais enfrentados atualmente pelo país, o geólogo Marco Moraes concedeu uma entrevista.

O especialista ressalta que no Brasil ainda existem muitos desafios a serem enfrentados, porém, as ações para minimizar essas degradações estão ocorrendo de forma bastante lenta. Moraes também destaca que quando se trata de degradação ambiental, é inevitável mencionar as mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global. Estas mudanças estão sendo causadas principalmente por causa das emissões humanas de gases de efeito estufa, um fato amplamente comprovado cientificamente. Portanto, é necessário que a população se conscientize desses problemas e tome medidas para reduzir tais emissões, ao mesmo tempo em que se prepara para futuras mudanças que certamente ocorrerão.

O geólogo Moraes foi entrevistado pelo programa Ponto de Encontro para discutir a situação ambiental do Brasil e do mundo. Confira a participação completa abaixo:

 

Marco também pontua que as maiores emissões de gases de efeito estufa e o manejo inadequado de produtos químicos que degradam o meio ambiente tiveram início durante a Revolução Industrial na Inglaterra. No entanto, ele ressalta que em 1950 ocorreu a chamada “grande aceleração”, na qual as emissões de gases, o descarte inadequado de produtos químicos, o desmatamento, a destruição de habitats, entre outros fatores, aumentaram significativamente e, até hoje, não mostraram sinais de desaceleração. Na verdade, continuam ocorrendo com a mesma intensidade.

O geólogo afirma que o efeito estufa é necessário para manter o equilíbrio térmico do Planeta Terra, impedindo que ele seja completamente congelado. No entanto, Moraes alerta que o desequilíbrio ocorre quando há uma grande emissão de gases, como CO2 e metano, na atmosfera. Esse desequilíbrio resulta na intensificação de eventos extremos, como tempestades, furacões e ciclones, que têm se tornado cada vez mais frequentes no Brasil devido à sua localização entre as massas de ar extratropical e tropical. Além disso, o aumento do nível do mar, embora ainda não seja significativo, apresenta o risco de inundar muitas áreas litorâneas. A degradação dos oceanos, essenciais para a vida na Terra, e o aumento do calor também são consequências desse desequilíbrio ambiental.

 “Está na hora de usarmos a mesma criatividade, a mesma revolução tecnológica em prol de resolver os problemas criados”, pontua o especialista, indicando que a tecnologia é tanto uma das causas dos problemas atuais quanto parte da solução. Como alternativas, Marco sugere algumas medidas: reduzir as emissões de gases estufa por meio da eletrificação e do uso de fontes renováveis de energia; preservar os solos e florestas, além de todo o processo de produção e consumo de alimentos, principalmente, regrando o uso de fertilizantes.

Ao final, Marco Moraes menciona o livro Planeta Hostil, o qual foi escrito pelo próprio geólogo. O livro aborda os principais e mais urgentes problemas do Planeta Terra e está disponível para compra no site da Editora Matrix (CLIQUE AQUI) e também na Amazon (CLIQUE AQUI), apenas em formato físico.

Apesar do tom de alerta, o autor não incentiva o cinismo e nem alimenta a desesperança. As exposições da obra deixam claro que as consequências do que fizemos à Terra são amplas e graves, a ponto de ameaçar a própria existência humana, mas servem também como um apelo à ação e convidam o leitor a se unir a um movimento para evitar mais devastação.

“Tempos difíceis virão. No entanto, com boa informação, realismo e pragmatismo, podemos vencer o nosso maior inimigo, que, você já sabe, somos nós mesmos”, declara o geólogo Marco Moraes.