Em lembrança ao Fevereiro Roxo, que tem como objetivo conscientizar a população sobre o lúpus, fibromialgia e Alzheimer, o programa Ponto de Encontro realizou uma entrevista especial com a doutora Gabriela Serafim Keller, médica geriatra da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). A especialista explicou mais sobre a doença de Alzheimer, que é uma doença neurodegenerativa, que leva o portador ao esquecimento, e é muito comum no Brasil, afetando mais de um milhão de pessoas.

A doutora pontua que o Alzheimer é uma demência – categoria de doenças que afetam a memória e a interação entre as pessoas – que afeta, majoritariamente, indivíduos com mais de 60 anos, sendo raros os casos que acontecem antes dessa idade, normalmente associados à genética. Mas a doutora alerta: “É sempre importante saber que o fato de ter o gene, não quer dizer que a pessoa vai ter a doença. Há outros fatores. Uma minoria é por causa da genética”, esclarece. A médica geriatra Gabriela foi a convidada do Ponto de Encontro e explicou mais sobre a doença. Ouça na íntegra:

 

A especialista frisa a necessidade de manter os exames em dia, principalmente se há casos de Alzheimer na família, sendo indicado o acompanhamento com um neurologista ou geriatra para as verificações necessárias. Ela também ressalta que não há cura para a doença, mas, sendo descoberta precocemente, há formas de retardar o avanço através de medicamentos, e alerta que a melhor prevenção é cuidando da própria saúde. “Hoje sabemos que boa parte dos quadros podem ser prevenidos com hábitos de vida. Alimentação saudável, cuidar do colesterol, diabetes, manter a pressão controlada e atividades físicas regulares, pelo menos três vezes na semana”, frisa.

Ao final da entrevista, a doutora explica a necessidade de supervisão na vida dos acometidos pela doença de Alzheimer, sendo necessário, em casos mais avançados, um cuidado 24 horas por dia. Doutora Gabriela também lembra que há grupos de apoio aos familiares e cuidadores, como a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), e indica um grupo de apoio a cuidadores que existe na UNESC, em Criciúma. “Como recado final, não tem muito segredo. É o que eu sempre falo para meus pacientes: o melhor tratamento é a prevenção. Cuidar da alimentação, fazer uma atividade física, ter uma vida social, ter interações familiares. Essa é a melhor maneira de prevenir a doença de Alzheimer”, salienta a especialista.