A malária é uma doença parasitária de sangue transmitida por protozoários da fêmea infectada do mosquito Anopheles ou mosquito-prego. A doença é endêmica da região Amazônica, mas há muitos casos esporádicos em regiões específicas de mata, principalmente em Santa Catarina. Em 2021, o Brasil registrou 145 mil casos da doença. A bióloga da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catariana (DIVE/SC), Renata Ríspoli Gatti, alerta que a malária não é uma doença isolada somente na Amazônia. Só que muitos não sabem disso e a pessoa acaba pensando que não está com a doença, demorando para que o diagnóstico seja feito, aumentando, consequentemente, a gravidade da malária. O Dia Mundial da Luta contra a Malária foi lembrado na última segunda-feira, dia 25, e o programa Ponto de Encontro tratou mais sobre o assunto. Ouça na íntegra:

 

Em Santa Catarina, existem áreas específicas de mata que podem conter os mosquitos contaminados com a malária. Renata explica que isso é uma característica particular do estado catarinense, já que há outros estados que podem ter o mosquito em regiões urbanas, diferente de Santa Catarina. Os sintomas da malárias são muito parecidos com os de outras doenças, o que dificulta o diagnóstico. Dores de cabeça e no corpo, febre, mialgia, calafrios e sudorese são sintomas que são notados na pessoa contaminada. Em casos mais graves o paciente pode ter perda de consciência.

O alerta para a malária se dá principalmente para as pessoas que vivem nessas regiões de mata. Ainda não existe uma vacina que proteja contra a doença, mas o recomendado é que as pessoas usem o repelente e roupas cumpridas quando realizarem atividades em meio a floresta. Caso a pessoa que vive nessas áreas sinta alguns dos sintomas, o ideal é que ela busque um diagnóstico e já pense na possibilidade de ser a malária.

Conforme a bióloga, a pessoa contaminada deve ser diagnóstica imediatamente, isso porque quanto mais tempo levar, mais a situação clínica piora. Além disso, a pessoa contaminada pode virar um foco para outros mosquitos, que transmitirão a doença a outras pessoas, ocasionando um surto na região.  Crianças, mulheres grávidas, pessoas idosas ou debilitadas por outras doenças são mais vulneráveis, entretanto, qualquer pessoa que esteja se infectando pela primeira vez pode desenvolver quadros de malária grave. O tratamento é medicamentoso e é ofertado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).