A conscientização, prevenção e luta contra o HIV/Aids é ainda mais reforçada durante o último mês do ano, com a campanha Dezembro Vermelho. O dia 1° é lembrado por ser o Dia Mundial de Luta contra a Aids, doença que pode ser evitada através de métodos de prevenção. De acordo com a médica infectologista e gerente de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), Aids e Hepatites Virais, da Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (DIVE/SC), Regina Valim, o mês serve para reforçar e lembrar toda a história do HIV, que teve seus primeiros casos registrados nos anos 1980.

A especialista explica que o HIV é uma doença infecciosa crônica, mas que também tem sua fase aguda de infecção. Regina ressalta que os sintomas do HIV podem parecer e se confundir com sintomas de outras doenças virais. “A pessoa pode ter febre, pode ter dor de garganta, dor no corpo, ou seja, vários sintomas que parecem muito com outras doenças realmente”, esclarece.

O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com a doutora Regina. Entenda mais na íntegra:

 

“A camisinha continua sendo a maneira mais acessível e eficaz de evitar não só o HIV, mas também outras ISTs, mas além dela existem outras formas de prevenir a infecção, como a Profilaxia Pré-Exposição, a testagem, o tratamento. Então, é importante que a pessoa além de usar preservativo nas relações sexuais, faça testes regularmente e, eventualmente, em caso positivo, realize o tratamento de forma adequada. Pessoas em tratamento ficam com a carga viral indetectável, ou seja, não transmitem o vírus para outras pessoas e nem para os bebês, no caso das gestantes”, enfatiza.

Métodos de prevenção que podem ser combinados

Camisinha: a camisinha masculina ou feminina deve ser utilizada em todas as relações sexuais. Os preservativos estão disponíveis gratuitamente nos serviços de saúde para toda a população;

Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP): indicada para aquelas pessoas com parceiros soropositivos, por exemplo. Consiste na ingestão diária de um comprimido que impede que o HIV infecte o organismo antes mesmo da pessoa ter contato com o vírus;

Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP): indicada para pessoas que passaram por uma situação de risco, como ter feito sexo sem camisinha ou ter sofrido um abuso sexual. Consiste no uso de medicamento em até 72 horas após a exposição, devendo ser continuado por 28 dias:

Testagem: os testes para detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis devem ser realizados regularmente. Existem testes rápidos que podem ser feitos nas unidades básicas de saúde de forma segura e sigilosa e ficam prontos em até 30 minutos. Gestantes devem ser testadas para o HIV durante o pré-natal e no momento do parto para evitar a transmissão do vírus para o bebê;

Tratamento: o tratamento da pessoa que vive com HIV é essencial para evitar o desenvolvimento da Aids. Se realizado de forma correta, o tratamento faz com que a pessoa fique com a carga viral indetectável, ou seja, intransmissível.

Todos os métodos são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Com informações da DIVE/SC