O cuidado com a pele e com a exposição solar excessiva deve ser lembrado desde a infância. Isso porque toda a exposição solar sem proteção causa danos na pele que, futuramente, podem gerar um câncer. Além dos cuidados, uma consulta com um dermatologista anualmente pode servir como uma forma de prevenção. Quanto mais cedo um problema for identificado, maiores são as chances de cura sem tratamentos muito invasivos. De acordo com a diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da campanha Dezembro Laranja, doutora Francisca Regina Oliveira Carneiro, essas são algumas dicas que devem ser lembradas neste mês, com a campanha de conscientização do câncer de pele.

Segundo a especialista, o câncer de pele é um dos mais comuns na população. O uso de protetores solares é a principal forma de prevenção. “Aquele sol que a gente pega desde criança vai se acumulando e vai causando danos na pele que podem levar ao surgimento das lesões malignas”, ressalta Francisca. “A gente precisa ter uma relação de amizade com o sol. O sol é importante, o sol dá a regulação do sono, dá vontade de sair de casa, porém, a gente não pode abusar”, completa.

Histórico da doença na família, ter tido muitas queimaduras de sol durante a vida, ter muitas sardas ou pintas pelo corpo, ter a pele muito clara, e ter mais de 65 anos de idade são alguns dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele. Conforme a doutora, existem dois tipos de câncer: o melanoma e o não melanoma. No não melanoma, há dois tipos, sendo o carcinoma basocelular e o espinocelular. Esses dois podem ser retirados através de procedimentos cirúrgicos. Já o melanoma, se não for em uma fase inicial, o seu tratamento se dá com a quimioterapia.

O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com a doutora Francisca. Ouça na íntegra:

 

Além do protetor solar, que deve ser usado sempre, mesmo em dias nublados, e reaplicado de três a quatro vezes ao dia, a recomendação é consultar pelo menos uma vez por ano um dermatologista. A consulta deve ser feita mesmo que o paciente não tenha fatores de risco. De acordo com a especialista, pessoas que possuem pintas pelo corpo devem ficar atentas a regra ABCDE: A para assimetria; B para as bordas; C para as cores; D para o diâmetro; e E para evolução.