As sementes plantadas em 2013 tiveram seus frutos colhidos neste mês. Após dez anos, Jonatas João retornou à região que morou por um tempo estudando teatro. Desta vez, levou os alunos de sua escola de teatro, que montou em Cocal do Sul. Durante uma semana, João e cerca de 20 alunos realizaram um intercâmbio cultural na Argentina, apresentando diversas peças teatrais para crianças, adolescentes e toda a comunidade. A peça “Pinóquio” e o musical “Drama en lá Escuela” foram capazes de mergulhar toda uma comunidade no mundo da cultura e da arte.

Toda a viagem foi custeada pelos próprios alunos da escola de teatro, que promoveram diversas ações e atividades para arrecadar recursos. Os atores estiveram na cidade de Inriville, que possui 4 mil habitantes, e estabeleceram um laço de amizade com o Instituto Secundário José Maria Paz. É esperado que, no próximo ano, os estudantes argentinos também possam vivenciar um intercâmbio em Cocal do Sul. O programa Ponto de Encontro abordou mais sobre essa experiência em entrevista com os estudantes Willian Dagostin e Marina Menegazzi Barbosa. Ouça na íntegra:

 

Os jovens saíram de viagem em um ônibus no dia 7 de setembro, após a participação da escola no desfile cívico. Foram 32 horas de ida e 28 horas para a volta. Marina explica que um argentino traduziu toda a peça, mas que os alunos se dedicaram ao espanhol para que pudessem se comunicar melhor com as pessoas. Ao fim de todas as apresentações, que eram traduzidas, os alunos já estavam lidando melhor com outra língua. “Para todos nós, foi um grande aprendizado porque a forma como a gente foi recebido naquela cidade, a gente nunca imaginou que seria assim”, comentou Willian sobre o intercâmbio. Todo o grupo foi recebido com uma grande festa, com pessoas celebrando e comemorando a chegada dos alunos de teatro.

Além da parte teatral e cultural, a escola de teatro também possui uma missão de evangelizar com a arte. “Foi uma troca de conhecimentos, eles passaram o que eles têm, e a gente passou muita coisa para eles também, a gente diz que plantamos algumas sementes lá e esperamos colher os frutos, porque, querendo ou não, a cidade é muito boa por questão de acolhimento, mas eu vi assim que eles estavam um pouco afastados de Deus”, comentou Willian. “Foram laços que a gente criou e esperamos manter quando eles vierem para cá também”, acrescentou Marina.

Confira também: