Em 10 dias de missão, a fumacense Gabriela Guglielmi pode realizar uma experiência completamente diferente. Em agosto do ano passado, a acadêmica de Medicina esteve auxiliando diversas famílias nas comunidades da Amazônia, tudo dentro de um barco. As vivências foram tão marcantes que Gabriela aceitou o convite para uma nova missão, desta vez em Benin, um país na África. A viagem deve ocorrer na próxima semana. Pensando em destacar mais sobre as missões e as experiências, o programa Ponto de Encontro realizou uma entrevista especial com Gabriela. Ouça na íntegra:
Parte 01
Parte 02
Gabriela faz a graduação em Tubarão, na Unisul. Estudante da última fase de Medicina, ela conta que o projeto é organizado pela Ânima, no qual a universidade faz parte. Com o lançamento do edital do projeto, os acadêmicos interessados puderam se inscrever, e os mais aptos, de acordo com os critérios estabelecidos, foram escolhidos. Ao total, participaram 20 acadêmicos das fases finais de Medicina e mais 10 médicos de diversas especialidades. “A Missão Amazônia teve como objetivo realizar ações voluntárias de atenção e promoção à saúde”, destaca Gabriela. As atividades ocorreram ao longo do Rio Tapajós.
Segundo a estudante, a embarcação em que o grupo ficou tinha o nome “Abaré”, um termo indígena que significa “amigo que cuida”. “Era muito emocionante porque a gente chegava nas comunidades e as pessoas já estavam esperando a gente”, comenta. Conforme Gabriela, o barco possuía três andares, sendo um para os atendimentos médicos, outro para a cozinha e os quartos dos marinheiros, e o terceiro andar destinado para o grupo dormir, onde descansavam com redes.
Como eram vários estudantes e especialistas, o grupo realizava rodízio nos atendimentos. Em determinados dias, Gabriela participava de consultas ou pequenas cirurgias dentro dos consultórios do barco, e, em outros dias, participava de consultas dentro das comunidades. Um dos pontos que mais marcou a acadêmica foi em um dos atendimentos de pediatria. Conforme Gabriela, muitas crianças apresentavam dificuldades no crescimento conforme os parâmetros do Ministério da Saúde, devido à alimentação, que é muito baseada na farinha de mandioca.
Após toda a experiência, duas semanas depois de retornar da missão, Gabriela recebeu o convite para um novo desafio: colaborar também no continente africano. Com a realização de alguns encontros para entender a proposta, que é mais desafiadora, Gabriela foi escolhida para participar da missão. A fumacense deverá embarcar rumo a Benin no próximo dia 24. A futura médica conta que está se preparando desde setembro, com estudos de francês, já que é a língua oficial do país.
