Pouco tempo atrás, as famílias que tinham uma televisão em casa, ou até mesmo um aparelho de rádio, eram consideradas privilegiadas. Ouvir as chamadas radionovelas, seja reunido na casa de um amigo ou de um familiar que tinha o aparelho, era muito comum. Aos poucos, todo aquele sentimento percebido ao ouvir o rádio passou para a televisão, com as novelas, primeiro em preto e branco, e depois com cores. Para contar toda essa história e detalhar todos os processos, o jornalista, professor e pesquisador Elmo Francfort lançou a obra A História da Televisão Brasileira para Quem tem Pressa. O programa Ponto de Encontro abordou mais sobre o assunto em entrevista com Elmo. Ouça na íntegra:

 

Francfort relata que sua obra começa antes mesmo da televisão, nos primórdios da tecnologia. A história sobre a televisão experimental no Brasil, as primeiras experiências com o novo produto no país e as primeiras emissoras de televisão são alguns dos assuntos que são abordados na obra do jornalista. Sobre a história da televisão, o pesquisador divide os processos em três fases: preto e branco, com cores e a digital. “Lembrando que tanto o preto e branco como as cores a gente pode considerar aí, na verdade, ao invés de três, duas fases: é a fase analógica e a fase digital. Então o livro ele também aborda isso de forma sintética. Eu brinco que eu tenho que ser uma espécie de manual, uma bússola para primeiro quem quer saber de uma forma sucinta sobre tudo, e depois disso conhecer outros materiais que possam agregar cada vez mais”, comenta.

O pesquisador ressalta que as novelas foram responsáveis por influenciar o comportamento das pessoas, principalmente dos brasileiros. Quem não tinha uma televisão em casa, que era a grande maioria das pessoas, assistia aos programas na casa de vizinhos ou amigos. “Algumas casas chegaram a cobrar entrada, que nem se fazia no cinema, por conta desse costume novo, porque não era tanta gente com televisão, e quem tinha era explorado pelos amigos. E novos amigos e até casais se formaram ao visitarem pessoas que tinham televisão”, falou.

Outros livros escritos por Elmo Francfort

O autor de A História da Televisão Brasileira para Quem Tem Pressa é mestre em Comunicação pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduado em Marketing pela Faculdade Cásper Líbero. É crítico de TV, roteirista, professor, conselheiro curatorial de mostras de comunicação e consultor de produções, como Nada Será Como Antes, Hebe, Chacrinha, Marighella e Silvio Santos: O Rei da TV.

Atualmente, Elmo Francfort dirige o Museu da TV, Rádio & Cinema e coordena o Centro de Estudos e Memória da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). É autor de obras sobre a história das TVs Tupi, Paulista, Manchete, SBT, Gazeta e Cultura e da biografia Gabus Mendes: Grandes Mestres do Rádio e TV (In House, 2015), além de colaborar com várias publicações sobre o tema.

Confira mais detalhes sobre a obra clicando aqui.